terça-feira, 7 de abril de 2020

Matheus Nascimento conta sua história no vôlei


                  A partir da admiração vendo seu irmão mais velho jogando vôlei, aos doze anos Matheus Nascimento dos Santos decidiu começar a treinar em Varginha. Hoje, com dezoito, é atleta de voleibol no estado de São Paulo e conta um pouco de sua ótima história no esporte, que envolve dedicação e boas oportunidades.
Estreou nos Jogos da Juventude (Jojuninho) em 2013, em uma categoria para os de 1999, apenas com o intuito de adquirir mais experiência para o próximo ano, levando dessa vez o terceiro lugar em nome da cidade. Já no ano seguinte, voltou com a equipe 2000 (uma categoria ainda acima de sua idade), quando levaram o título de campeões.
            Em 2016, participou de uma seletiva e foi um dos escolhidos a jogar em Perdões (MG), onde passou um ano estudando no ensino fundamental e jogando pela cidade. “Agradeço ao professor Wesley por ter permitido minha volta de Varginha em 2017”.
            No ano passado, Matheus tornou a ir para fora, mudando para Frutal (MG), onde foi chamado para integrar o time da cidade. “Posso dizer que foi o ano em que mais joguei, pois eu era sub 19 e tive um desafio de integrar a equipe sub 21, a mais velha do projeto. Então, fui em muitos jogos, por ambas categorias. Graças a Deus terminei o ano bem, sem nenhuma lesão”. Já neste ano, está jogando no estado de São Paulo, em São José do Rio Preto: “Hoje posso dizer que estou fazendo o que eu mais esperava, jogando e cursando uma faculdade”, disse o garoto.
            Como os demais atletas, já teve momentos de alegria e também de tristeza. Em 2017, preparando-se para o Estadual do JEMG, recebeu a notícia de que estava com caxumba quatro dias antes da viagem. “Foi muito difícil, era a fase mais aguardada, então foi uma dúvida se viajaria com a equipe”. Conseguiu a liberação do seu médico, mas não pôde ajudar a equipe na busca do tão sonhado título, mas faturaram o quarto lugar.
            No mesmo ano, quando estava se preparando para o Estadual Mineiro, bateu o joelho durante o treino três dias antes da viagem para Capitólio. “Fiz repouso e tomei os remédios recomendados. Com sorte, consegui jogar e fizemos um campeonato incrível, ficando como o quarto melhor time de Minas Gerais sub 17.
            Matheus se orgulha muito de todos títulos que já conquistou, pois entende que, como atleta, passa por momentos difíceis, os quais podem incluir dores ou lesões, mas que são coisas passíveis de serem superadas. Atualmente, coleciona conquistas como Campeão Jojuninho, Campeão Liga Sul Mineira Sub 15/16/19 e três vagas em etapas estaduais no JEMG. “Chega a ficar um gostinho triste, pois um dos meus sonhos era estar no Brasileiro, mas fico feliz por ter chegado no Estadual e, nas três vezes, ter ficado entre os quatro primeiros”, compartilha ele. Além disso, também acumula um total de seis prêmios individuais pelas competições que participou.
            Destaca que um dos momento marcantes de sua carreira até agora foram os  Estaduais que jogou. “Jogar contra os grandes de minas foi uma experiência incrível. Além disso, a primeira vez que fui para o JIMI (Jogos do Interior de Minas) também. Tinha 16 anos e foi um desafio grande e incrível por estar jogando no Adulto.”
            Ademais, conta que os anos dedicados no esporte o transformou: “Hoje eu posso dizer que sou outra pessoa, completamente diferente. Desde os quinze anos, eu saía de casa ao menos uma vez ao mês e morei em república, então, adquiri muita maturidade. Os atletas que passam por isso sabem que é outra vida quando se está longe dos pais, fica tudo diferente. Fui me adaptando, e graças a Deus deu tudo certo”. Matheus conta também que sempre foi muito competitivo desde novo, mas que sabe se dar muito bem em grupo, por onde já passou e onde está atualmente.
            Seu foco agora é se formar e continuar com o vôlei, “amo estar em quadra e viajar”, e agradece a Deus e aos técnicos com quem já treinou: Marcão, Wagner, Matheus, Nataniel e Marcos, com quem hoje trabalha. “Tenho um apoio muito grande também da minha família, eles sempre estão comigo em todos momentos, sou muito grato a eles por isso. Minha mãe, sempre me fazendo acreditar em meu sonho. Só tenho a agradecer ela, por tudo!”
            “Ainda estou fazendo o que eu mais desejo. Você, que pensa em jogar, procure as escolinhas de sua cidade, pois o esporte muda sim a vida de muitos. Não desista, você é capaz!”, finalizou Matheus.

Texto: Maria Júlia Veloso

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