Aninha conta sua história no futsal

              Ana Claudia Beltrão Praxedes, ou Aninha, de 15 anos, é uma das promessas do futsal feminino de Varginha. Brinca com a bola desde muito cedo, e hoje, treinando na seleção da cidade, na Semel, tem como sua maior alegria os laços que criou dentro do esporte.

Com apenas dois anos de idade, tendo seu pai como goleiro da seleção da cidade, já se arriscava a jogar um pouco, mas entrou na escolinha de futsal feminino de Varginha em 2013/2014, com quase nove anos.

Costumava viajar com as “adultas” sem entrar muito para jogar, mas em um campeonato Sub 13 em Monsenhor Paulo, o Josul, Ana pôde pisar na quadra pela primeira vez. “A sensação foi inesquecível, e ainda fomos campeãs!”, conta a garota.

“Sempre tive esse sonho de ser jogadora e nessa ‘família’ senti toda a confiança que precisava para seguir em frente. Hoje significa uma enorme parte de mim - não vivo sem. Além das amizades, estar fazendo o que amo a cada dia traz uma sensação tão boa, difícil de descrever.”

A atleta conta que cuida muito bem de sua alimentação para estar melhor preparada para os treinos - que na maioria das vezes são físicos. “Agora na quarentena, estou tentando manter, faço um “físico” todos os dias em casa na parte da tarde (um dia com bola e outro sem bola), mas confesso que está sendo muito ruim não compartilhar esse momento com minha segunda família (futsal).”

“No dia-a-dia costuma ser um pouco complicado fazer o horário de todas combinar para o treino, mas acaba dando certo. Além disso, uma das maiores dificuldades que enfrentamos é a falta de patrocínio. Muita vezes o transporte nos deixa a desejar e temos que correr para arcar com o dinheiro para que alguém nos leve, ou até mesmo algum dos pais. E também os uniformes para o jogo, que várias vezes sai do nosso próprio bolso, apertando bastante a família. Isso sem esquecer da alimentação, porque é raro que a Semel cubra para a gente - então, mais um custo para as viagens, sabe?”, conta Aninha.

            “Meu maior orgulho na carreira é fazer parte de um time tão unido, no qual todas apoiam umas às outras. Como consequência disso, viajar com elas traz uma sensação inexplicável.”

A menina se inspira em grandes atletas como Marta e Messi. “São craques e sempre agem na simplicidade. Dou meu máximo nos treinos e jogos para que um dia eu possa ser, não igual, mas semelhante à eles.”

“Gostaria de fazer um agradecimento ao João Pedro e às meninas, que são minha segunda família, e principalmente aos meus pais, pelo apoio que me dão a cada dia. Essas pessoas me incentivaram muito e nunca duvidaram de mim!”

Por: Maria Júlia Veloso

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