Nome:
Daiane da Silva
Apelido:
Daí ou Tratorzinho
23 anos
Esporte: Sempre fui apaixonada por esportes. Já fiz futsal, jiu jitsu, muay thai e capoeira. Atualmente natação, corrida e o meu predileto, é o Rugby.
O que te faz apaixonada por essa modalidade? O Rugby me chama atenção pela questão dos valores. A forma de tratamento com as pessoas é diferente. Não tem estereotipo certo, qualquer um pode jogar, e o respeito, disciplina, solidariedade, paixão e integridade são característica que devem ser constantemente desenvolvidas.
Como começou a praticar? Conheci o Rugby por acidente. Como moro nas imediações do bairro Padre Vitor, sempre vi algumas pessoas usufruindo do batalhão da polícia militar e do estádio municipal (melão) para treinos. Achei bacana e curioso, até que aos 16 anos tive a coragem de me aproximar.
Sempre aparvalhada no
esporte, sumi depois de uns meses, categorizando por aí. Voltei em 2018, bateu
saudades e realmente estava muito parada por questões de fase acadêmica e preocupações,
mas saúde é importante, não é pessoal?
Atualmente ainda pratico o esporte. Aos sábados à tarde treinamos no campo da escola Polivalente no Barcelona, uma parceria muito bacana de confiança com a modalidade e tudo que ela pode oferecer para a cidade. Hoje em dia me sinto fascinada por tudo que pude aprender e como o rugby é sem duvidas uma grande família. Fronteiras nem pensar, já são amizades de todos os lados e me sinto bem e feliz desta forma, sempre buscando ajudar, aprender e estender a mão.
O que o esporte significa? No começo, eu via o Rugby como uma diversão e, sempre preocupada com a saúde, uma forma de sair da inercia, perder uns quilinhos indesejados e ganhar novas amizades.
Resiliência é o significado maior, sem sombra de dúvidas. São oportunidades escancaradas de diversas formas, desde a melhora de si mesmo até a melhora do ambiente à sua volta. É aprender a lidar com diversas situações dentro e fora de campo, aprender a respeitar as pessoas e suas dificuldades, entender que vai muito além do que eu mesma e o universo ao meu redor. Um constante aprendizado de muita paciência.
Fale sobre a primeira competição que participou. Minha primeira competição foi em Uberlândia, uma das etapas do campeonato mineiro. Uma loucura evidente, pois fazia 15 dias que eu tinha entrado para o Rugby eu não sabia nada, muito menos o que estava fazendo ali. Foi total aprendizado e litros de coragem. Inesquecível! Claramente não chegamos à final, mas nem sempre a vida é sobre ganhar ou perder. Enfim, a experiência deste dia repercute até hoje.
Qual é sua rotina de treinamento? Em constantes adaptações para o momento atual, mencionei que paciência é tudo, não é? Hoje corro e nado para tentar manter a condição física e melhorar a resistência, velocidade e força. Ótimos aliados inclusive da ansiedade, que ouvida me faz querer comer muito doce.
Qual a parte mais difícil : Nossa, escolher uma parte difícil para o Rugby é complicado, afinal, ele é cheio de obstáculos. Desde o conhecimento da modalidade ao apoio, captação e manutenção de atletas, patrocínios, enfim... o caminho tem muitas pedras, o reconhecimento da modalidade ainda é muito pequeno e olha que o futebol originou-se do Rugby.
Seu maior orgulho na carreira? Não posso dizer que tenho carreira no Rugby, até aqui o pouco que fiz foi de coração e com muito carinho almejando um dia o crescimento da modalidade. Aquele 1% de apoio tentando ser 1% melhor a cada dia, entende?
Qual a sua maior alegria? Me sinto extremamente feliz ao ver as pessoas se superando. Não foram poucas as vezes que me abordaram perguntando se poderiam correr, lutar, malhar ou jogar Rugby e se estavam dentro dos padrões. Ao meu ver, o corpo ideal é aquele que tem uma pessoa feliz dentro dele, não precisa seguir padrões, só esteja atras da sua melhor versão. Tenha saúde, o resto vem.
Qual a maior decepção ou frustração pelo esporte? Acredito que um esporte tão bonito precisaria de mais apoio. É triste querer investir em algo que engrandece seu coração e a vida das pessoas sem exceções, mas que não tem como por diversas vezes se manter ou sonhar o próximo degrau.
Tem um ídolo? A palavra ídolo é muito forte, mas admiro muito Kwanieze John por sua trajetória de dedicação e liderança nesse esporte.
Porque ele te inspira? Pensamentos globais acompanhados de atitudes a fizeram sentar em mesas importante, contudo mantendo sempre a humildade e foco nos seus objetivos.
O que você faz para também ser assim? Me coloquei como eterna aprendiz do Rugby e da vida, portanto o amanhã sempre me trará algo novo. Mas ressalto que não fazemos nada sem as pessoas, respeita-las é fundamental. Está certo que ainda não sou quem eu gostaria de ser, mas tento evoluir 1% a cada dia, sempre aprendendo com os meus erros e os dos outros. Afinal, tem coisas que não precisamos passar, basta prestar atenção aos detalhes.
Perspectivas para o futuro? Sim, claro. Vamos trabalhar em cima dos sonhos do clube e das necessidades da comunidade, unindo o útil ao agradável e assim, pensando em equipe, com inteligência e prudência, talvez consigamos deixar uma marca significativa.
Gostaria de fazer agradecimento? Gratidão é fundamental, sempre a Deus e a minha família, não esquecendo os amigos e colegas formados durante o trajeto da louca estrada da vida. Aos nossos parceiros de projeto Adila Lopes (Runners Viagens), nosso treinador físico Tulio, que comprou a ideia louca de sonhar ao Celso Garcia (Coach Emocional) que muito nos ajudar a segurar as emoções da pandemia. E a tantos outros admiradores aos quais estamos no inicio de grandes amizades. #juntosomosmaisfortes
Como essas pessoas ajudaram? O apoio e a troca de ideias que compram meus loucos sonhos e estratégias desenhados em quadros de giz não tem preço, muito obrigada sempre!
Qual a dica que você tem para aqueles que são menos experientes que você no esporte? A meu ver, na vida só existem duas vertentes: para cima e para baixo. Primeiramente, se chegou a cogitar jogar o Rugby fique tranquilo, ele te escolheu bem antes que você a ele, sua vida jamais será a mesma. As amizades são diferentes, os jogos e as comemorações também. Então por fim, sejam bem-vindos a família Rugby, onde quer que estejamos, somos sim um bando de loucos.
Observações: O Minas Rugby estará sempre de portas abertas a recebê-los seja você, atleta, apoiador, admirador e patrocinador. Não existe time sem atleta e sem torcida, um complementa o outro, basta escolher seu “lugar”.