segunda-feira, 29 de junho de 2020

Renato Vinhas conta sua história

Nome: Renato Vinhas 

Idade: 51 anos 

Esporte: Atletismo de alto rendimento


Começou no atletismo no de 1986, correndo para fazer preparo físico para o futebol, mas passou a gostar de correr e se interessar em disputar as poucas corridas que haviam na época.

 “No ano seguinte, conheci um amigo que tenho muita gratidão na minha vida, Nelson. Me indicou para o professor de atletismo Sérgio Navarra. Fiz um teste e me aprovou para representar VTC/Setur.”

Com o tempo, também conheceu o maratonista Espanhol, que o indicou e conseguiu um patrocínio da empresa G.Diesel. Renato foi melhorando sua performance cada vez mais, até quando seu amigo, médico e grande incentivador e esportista, Dr. Cláudio Agarpio, também lhe conseguiu um grande patrocínio, que era a empresa Unimed/Varginha.Com estes dois patrocínios, passou a se destacar na região e no estado de Minas Gerais, disputando e vencendo várias provas.

 Já na década de 1990, através do Sr. Chico, da cidade de Poços de Caldas, foi representar o clube da Caldense, onde ficou um ano. Em 96, foi para cidade Santos/SP, representar o Clube dos Portuários e Canal 5. Lá foi bem treinado pelo professor e treinador Nelson (Barba). No ano de 2000/2003, representou a equipe do Cruzeiro E.C BH e, em 2005, a equipe Pouso alegre AJAA/Cimed. 

 “Lembro da minha primeira competição aqui em Varginha, terminei em 2° Lugar geral. Essa prova era homenagem ao Santo Padre Vitor - era tradicional todo final de ano,  31 de dezembro. O Sr. Edson Ananias que organizava, e foi nessa prova que me convidaram para treinar atletismo. Com muito orgulho, tenho o troféu há 34 anos guardado com muito carinho.”

 Fui campeão em várias provas em longo do tempo, todas para mim tem grande importância. Mas me recordo com satisfação os eventos que representei o Brasil na Argentina, Chile e Uruguai, todas meia maratonas, provas de 21k e 95 metros, com o tempo de 1' 09 '43 Buenos Aires Porto Madeira.” 

Sua rotina era de treinos em 2 períodos, alimentação regadas e dormir cedo. Não era fácil, tinha que superar tudo isso para poder ter resultado, pois era atleta alto rendimento. Ao longo do tempo conquistou, entre medalhas e troféus, mais de 150 premiações. 

 “O esporte significou muito para minha vida, através dele tenho minha família,  casa própria, meu carro e minha profissão de treinador.”

 “Meu maior orgulho foi o ano passado quando recebi uma homenagem na sede da Federação Mineira de Atletismo, como Treinador Destaque de Minas Gerais. Minha maior alegria hoje é também ver meus filhos, Renato Vinhas Filho e Yasmim Vinhas, praticando  atletismo em alto rendimento, e também minha equipe Pé de vento/Correrviverbem, onde sou treinador de atletas de alto rendimento.”

No ano 2006, passou pela época mais frustrante em sua carreira. Foi atropelado por um veículo quando estava programado para disputar meia maratona em Orlando, nos Estados Unidos, “fiquei muito triste e decepcionado”.

“Meus ídolos são dois amigos que admiro e agradeço muito, Nelson Claro e Rogério Venâncio, meus grandes parceiros de treinamento e viagens. Foi através dos seus incentivos e conselhos que sou que eu sou hoje.” 

“Os meus planos agora são de dedicar na minha profissão e treinar atletas para representar equipe de atletismo do Brasil. Gostaria de agradecer meus treinadores Sr. Chico (em memória), Nelson Barba e professor Sérgio Navarra; e meus amigos Nelson Claro e Rogerio Venâncio; o maratonista Espanhol; e Walmir Vinhas, que sempre me incentivou - meu muito obrigado. E obrigado Jornal PODIUM, por sempre incentivar e apoiar os atletas de Varginha. Obrigado pela oportunidade e homenagem.”

 

Guilherme Batista conta sua história

Nome:
Luiz Guilherme Batista

Apelido: Gui

Idade: 17

Esportes: Futsal e futebol

            Começou com 11 anos. Sua primeira competição foi em Varginha, jogando pelo Roma em um campeonato sub 15, já seu primeiro título foi com o Everton, time que jogou o campeonato do Caic I, e foi eleito o melhor goleiro. Atualmente, treina com o time do Industrial e da SEMEL.

            Desde o começo o esporte significou uma paixão. Nem sempre joguei no meu alto nível, mas sempre surpreendo e me dedicando muito mais.”

Seu maior orgulho na carreira foi ter sido três vezes melhor goleiro de um campeonato, mas afirma que a sua maior alegria hoje em dia é ver sua família feliz. “Minha maior decepção é ter um time em que você gosta jogar, mas não dá certo no final.”

            O jovem tem como ídolo Diego Alves, o goleiro do Flamengo. “Sou flamenguista fanático, e me inspiro quando vejo ele ‘catando’.” Para também ser assim, o jovem afirma treinar muito, com foco no que quer, por mais que ainda não tenha planos.

            “Agradecimento ao meu treinador Vítor, do Industrial, e minha mãe. Eles ajudaram muito, me ensinaram muita coisa. O esporte me ensinou que é capaz isso de mudar pessoas, a se encontrar, me ensinou muita coisa.”

 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Giselli Soares conta sua história

Giselli Andrade Martins Soares

Profissão: Educadora Física

Idade: 39 anos

Esporte: Crossfit

            Para Giselli, desde o começo, o esporte teve um significado de superação em sua vida. Hoje sem receios, conta sobre sua luta contra a depressão desde a infância e como encontrou no esporte seu tratamento, superando seus próprios limites, com desafios e melhora na qualidade de sua própria vida.

            “Desde o começo o esporte foi isso para mim. Me ensinou superação, respeito, amizade, desafio, comprometimento,  determinação e humildade.”

            Fiquei um tempo afastada, mas quando tive meu primeiro filho, ganhei muito peso e aí resolvi mudar de vida, comecei a treinar a corrida. Em 2018, sofri um acidente doméstico e, após me recuperar da lesão, fui para o crossfit que hoje é meu principal esporte. Treino de 5 a 6 vezes por semana no Box Lab 360 e corrida de uma a duas vezes com o coach Cássio Atovani.” 

            Formada em Educação Física e proprietária da Geração Saúde, uma empresa especializada em soluções de qualidade de vida e saúde para o trabalhador, afirma que seu maior orgulho na carreira é poder proporcionar saúde e bem-estar dentro das empresas, “principalmente nesse momento onde a ginástica laboral tem sido tão importante para o ambiente de trabalho, aliviando o estresse e proporcionando bem-estar.”

            Giselli se inspira na humildade e simplicidade de Giovani dos Santos e Usain bolt.

            Gostaria de fazer agradecimento a todos os meus colegas, amigos e treinadores, que compartilharam comigo momentos inesquecíveis que o esporte nos proporciona. E a minha família que sempre esteve ao meu lado, são minha maior alegria.”

 

 

Andinho conta sua história

Anderson Ezequiel de Souza Filho

Apelido: Andinho

Idade: 24 anos

Ciclismo BMX Racing

            Começou a praticar aos quatro anos, quando seu pai o levou na pista de bicicross de Varginha, com a intenção de praticar para que, mais tarde, migrasse para o motocross. Porém, Andinho se apaixonou pelo BMX e nunca mais parou, estando hoje entre os maiores destaques do Brasil no ranking internacional.

            O esporte me ensinou e me ensina muito até hoje. Ele representa a minha vida inteira e para mim tem um significado de que jamais devemos desistir de nossos sonhos, mas sempre dar o nosso melhor para que eles se realizem!”, afirma.

            Sua primeira competição foi em Poços de Caldas/MG, quando tinha 7 anos de idade. Ficou em último lugar, mas, ao voltarem para casa, seu pai comprou uma bicicleta mais específica para o BMX.  E treinamos por três meses, até outra competição também em Poços e, então, eu consegui vencer na minha categoria.” 

            Essas duas competições foram as que deram início à minha carreira e significaram muito para mim, porque foi a partir daí que meus pais viram que eu realmente tinha potencial. Desde então, eles me apoiaram com tudo que tinham para que eu alcançasse meus objetivos dentro do esporte.”

            Seu primeiro título foi o de Campeão Paulista em 2004, depois das primeiras competições em 2003, em que Anderson e seu pai começaram a treinar e aprender diariamente sobre o BMX. “Esse é um dos campeonatos mais fortes do Brasil até hoje, e eu consegui sair como Campeão do Ranking Final e de algumas etapas do Campeonato Brasileiro.”

            Com o passar dos anos, sempre com o apoio da família, passou a se destacar nas competições nacionais e até internacionais que aconteciam dentro do Brasil, porque na época ainda não tinha condições para competir fora. Foi multicampeão Brasileiro e Paulista nas categorias de base, até que se tornou profissional com 17 anos, e entrou para a Seleção Brasileira de BMX.

            Além do meu pai, tive vários treinadores e pessoas que me ajudaram até os 16 anos. Depois, comecei a treinar com Domingos Lammoglia, meu atual treinador. A partir daí, as coisas começaram a ficar mais sérias.” 

            Alguns anos depois decidiu, com ajuda de seus pais e treinador, que para sua evolução, deveria me mudar para os Estados Unidos. Foi então que foi morar na casa do próprio treinador e realmente passou a viver o BMX.

            Com alguns anos de evolução, junto com o trabalho do treinador, em 2018 foi o 3º colocado no Campeonato Mundial em Baku, no Azerbaijão; medalha de Prata nos Jogos Pan Americanos de Lima 2019; três vezes Campeão Continental; e hoje está em busca da vaga para os Jogos Olímpicos no Japão em 2021. Atualmente, mora e treina em Orlando/EUA e representa a Seleção Brasileira em todas as competições internacionais.

            O BMX significa tudo para mim. Tudo o que conquistei e todos os sonhos que eu tenho, é graças a ele. Não sei o que seria de mim se não fosse o esporte.”

            Sua rotina de treinamento é bem difícil. Andinho treina 6 dias na semana, 2 vezes por dia. Procura fazer uma dieta de acordo com suas necessidades, e sempre se recuperar bem entre uma sessão e outra, além de ter boas noites de sono. “Acredito que não tenha uma parte que seja mais difícil que as outras para mim, o conjunto de tudo deixa ela bem difícil. Mas tenho muito amor por tudo que eu faço. Mesmo sendo difícil, eu me divirto fazendo o que amo - acho que isso é o mais importante.”

            Tenho orgulho de nunca ter desistido, em meio a tanta dificuldade que nós temos no Brasil, em termos de apoio ao esporte e estrutura financeira. Consegui passar por cima disso tudo e hoje estou realizando um sonho, que é viver do BMX.” 

            O que me frustra bastante é a falta de reconhecimento que a maioria dos esportes tem no Brasil, pois sei que temos muitos talentos escondidos por falta de oportunidade e apoio. Acredito que a bike tem um poder muito grande na sociedade e que, se tivéssemos mais incentivos dentro do esporte, conseguiríamos formar mais campeões, não só em Varginha, mas em todo Brasil.”

            Seu ídolo dentro do meu esporte é um ex-piloto da Austrália, Sam Willoughby. Sempre o inspirou por ter sido um atleta muito disciplinado e consistente - é o atleta que tem mais vitórias dentro do BMX. 

            Procuro dar o melhor em tudo que faço, seja na hora do treino, na alimentação ou na hora de descansar, e fazer tudo com muito amor. Acho que esse é segredo para o sucesso.

            Andinho pretende continuar seus treinamentos para as próximas competições que irão acontecer no final do ano, e conquistar mais uma medalha no Campeonato Mundial e nas etapas da Copa do Mundo do ano que vem.

            Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por tudo que tenho conquistado. Agradecer também a minha família; meu treinador Domingos Lammoglia; meus amigos; todos meus patrocinadores e pessoas que sempre torceram e me apoiaram de alguma forma. Todos tiveram um papel muito importante na minha carreira, e sem eles hoje eu não estaria realizando tudo que estou.”

            O esporte ainda me ensina bastante, mas o que eu sempre vou levar comigo é: você pode conquistar tudo o que deseja, basta você acreditar e trabalhar duro.”


Texto: Maria Júlia Veloso

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quinta-feira, 25 de junho de 2020

COB cancela Jogos Escolares 2020

              O Comitê Olímpico do Brasil (COB) publicou nesta quarta-feira (24), uma nota oficial de cancelamento dos Jogos Escolares da Juventude (JEJ) de 2020. A ação contou com o apoio das 14 confederações das modalidades esportivas que compõem o quadro de competições do evento.

            A decisão foi tomada após reuniões virtuais envolvendo as 27 secretarias ou fundações estaduais que analisaram os riscos na exposição de cerca de 5 mil atletas ao surto de Covid-19. Os JEJ já tinham data definida, de 7 a 21 de novembro, e antes da pandemia o COB estava em processo de definição da sede, que tinha como forte candidata a cidade de Campo Grande (MS).

            Dentre os diversos fatores analisados pelas entidades durante as reuniões, destacaram-se:

            - Risco de contágio em ambiente sem controle direto do COB e Confederações, considerando transporte aéreo e terrestre até a cidade-sede, hotéis, centros comerciais, entre outros;

            - Diferença entre as situações de cada Estado em relação à pandemia e o impacto na isonomia da competição;

            - Incerteza da data de retorno do calendário escolar presencial que pode comprometer o processo seletivo;

            - Possibilidade de os pais não autorizarem as viagens dos atletas;

            - Eventual conflito com o calendário nacional das modalidades em função da possibilidade de concentração de muitos eventos no último trimestre do ano.

            Também com base nos riscos de contágio do novo coronavírus que os três eventos da etapa regional, que aconteceriam em setembro, já haviam sido cancelados no dia 25 de março.

            Os JEJ, organizados pelo COB desde 2005, são a maior competição estudantil do país, envolvendo alunos de escolas públicas e privadas, em duas faixas etárias: de 12 a 14 anos e de 15 a 17. São 17 modalidades em disputa. Considerando as etapas seletivas, organizadas pelos estados, o programa alcança cerca de 2  milhões de jovens. Envolvidos diretamente com o COB, considerando atletas, árbitros, treinadores e voluntários, entre outros, chegam ao número de 8 mil pessoas.

 

HERÓIS DO ESPORTE MUNDIAL #05 - Marco Pantani

“Um dos melhores escaladores da história do ciclismo”.

Por Douglas Aleixo

Marco Pantani é o nosso herói desse artigo, considerado por muitos como um dos melhores escaladores do ciclismo mundial de todos os tempos, este Italiano de porte franzino e com sua típica bandana assombrou o mundo no ano de 1998.

Dotado de uma resistência quase mutante e como uma fábula incrível conquistou as duas provas mais intensas e difíceis de todo o universo do ciclismo.

O pirata, como era conhecido pelos fãs e imprensa italiana, realizava implacáveis perseguições e fugas de seus oponentes trajando seu típico uniforme rosa e sua bandana inconfundível (isso em uma época que não se exigia o capacete como item obrigatório).

Em 1998 ele conquistou o Giro d’Itália e o fabuloso Tour de France, rivalizando com nada mais e nada menos que o alemão Jan Ullrich, em um embate épico e divisor de águas! 


Mas infelizmente, como tudo na vida, existe momentos inglórios, Pantani viu sua trajetória vitoriosa e meteórica se esvaindo, sendo que em 1999 figurando como o favorito do Tour de France foi expulso da competição sob a alegação de doping, mais especificadamente pelo uso antidesportivo de EPO (Eritropoetina), medicação muito utilizada no meio médico para o aumento de glóbulos vermelhos, aumentando assim a potência respiratória, pulmonar e otimizando o rendimento esportivo, diga-se passagem de modo ilegal.

Mas, apesar de toda controvérsia com substancias ilegais para o esporte e lesões devido a quedas brutais, o pirata viu sua popularidade aumentar de modo astronômico, isso devido a sua agressividade, e gosto nostálgico dos fãs e entusiastas do esporte por escaladores genuínos e clássicos, sendo o único a rivalizar com o até então insuperável Lance Armstrong, e inclusive o vencendo.

Pantani internou-se em uma clínica no norte da Itália em junho de 2003, acometido por uma depressão profunda, onde as esperanças de vê-lo novamente nas grandes competições se extinguiram!

Diante de várias controvérsias e histórias conspiratórias envolvendo a máfia camorra, o herói sucumbiu e morreu subitamente em um hotel de Rimini, no litoral Adriático em 14 de fevereiro de 2004, precocemente aos 34 anos de idade, e sua autópsia evidenciou que sua morte foi em virtude de uma parada cardíaca provocada por suposta overdose de cocaína, fato contestado pela família, amigos e fãs.

O pirata se foi, mas deixou um legado e reputação ilibada, sintetizada no talento, garra, dedicação e amor incondicional ao ciclismo!

Douglas da Silva Aleixo, Advogado, Licenciado em

Filosofia e entusiasta do esporte. Colaborador do Jornal PODIUM


Roseli Vilela conta sua história

Nome: Roseli Garcia Vilela
Esporte: Atletismo

            Começou na época de escola, no Domingues Chaves, com 14 anos. Sua professora de Educação Física, Maricilda, a encaminhou para treinar no Melão como o professor Helder Francis.

            Cheguei lá sem imaginar o que era Atletismo, achava que era só corrida até então”, brinca a atleta. “No começo o esporte significou muito para mim, pois tinha alguns problemas de saúde e me ajudou muito em minha recuperação.”

            Sua primeira competição foi uma corrida rústica de 5km na cidade de Borda da Mata em 1992, onde mesmo sendo a mais nova da turma conquistou o 2º lugar.

            “Mas a que me marcou foi em 1996, JIMI em Barbacena, onde fui campeã nos 800M e vice nos 1.500M e revezamento 4x400, com minhas amigas Aniele Benfica, Erika Donizete e Kadyma Lúcia, com o tempo de 4,27 min.”

            Em 2002, a atleta fez uma pausa para trabalhar, mas nunca desistiu de seus sonhos. Entrou na faculdade de Educação Física dois anos depois e seguiu outros rumos como professora escolar de natação, hidroginástica e pilates, além de ser mãe e dona de casa.

            Depois de 18 anos, voltei para o atletismo com o incentivo do Renato Vinhas, que nunca desistiu do atletismo varginhense. Participo de corridas aqui na região e já conquistei vários troféus e medalhas. Fui até na Meia Maratona do Rio ano passado, e fiquei entres as 68 melhores do Brasil (top 100) 21 km em 1h46min. Foi show demais!

            Roseli treina cada dia em locais diferentes: Alto da CEMIG, Batalhão e em volta do Ribeirão Santa Maria. Três vezes por semana na rua e duas no pilates, para fortalecimento e flexibilidade. 

            A parte mais difícil é ter uma rotina de treinamento, acordar cedo e treinar antes de ir ao trabalho, ou sair cansada e ter que ir treinar. Isso além da falta de patrocínio para as corridas oficiais, porque nós pagamos tudo do nosso bolso. Hoje, o esporte significa mais que superação para mim, por ser mãe, profissional e ainda encontrar tempo para treinar. É difícil, mas não impossível. Superação, amor e orgulho me fazem uma grande profissional, pois tenho muito amor por tudo que faço e devo isso ao esporte, que sempre esteve presente em minha vida.”

Meu maior orgulho é poder servir de exemplo para meus filhos, alunos e amigos. Como é bom ouvir as pessoas dizerem que se espelham em mim… isso não tem preço! Também guardo com carinho uma lembrança de 2016, quando fui a técnica de Minas Gerais no tênis de mesa na cidade de João Pessoa, na Paraíba.”

            A professora diz que sua maior alegria hoje em dia é: “Poder correr e ser feliz, e ver meu marido e meus filhos correndo também.”

            Frustração e decepção: “Ver alguns amigos que perdemos para o alcoolismo e drogas; a falta de reconhecimento do Atletismo a nível municipal, estadual e nacional.”

            Sempre falo que meu ídolo é o professor Helder, que foi meu técnico, amigo e professor na faculdade. Ajudou muito na minha formação como atleta, pessoa e profissional. Ele me inspira, pois sempre é uma pessoa de caráter, estudioso e foi um excelente técnico. Um paizão para todos os atletas que passaram por ele, e muito estudioso!” afirma Roseli.

            Seus planos agora incluem, primeiramente cuidar da própria saúde e da sua família, além de continuar estudando, trabalhando e treinando.

            Aprendi com o esporte que podemos nos superar a cada dia, acreditar em nossos sonhos e traçar objetivos sempre. Gostaria de agradecer primeiro a Deus; meu esposo; meu patrocinador Leandro Protásio, que sempre me apoiou; meus amigos de treino; aos meus alunos, que confiam em meu trabalho; minhas irmãs, Nilva e Rosilene, que sempre me ajudaram e apoiaram em tudo. Um grande abraço os meus amigos da minha primeira equipe Atletismo de Varginha dos anos 90/2000, os Negretes. A equipe Correr Viver Bem e Runners Viagens. Amo vocês!”

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Sandro Pena Aureliano conta sua história

Nome: Sandro Pena Aureliano
Apelido: Sandrinho
Idade: 40 anos
Esporte: Atletismo

            O atleta começou a praticar com dez anos de idade, inscrevendo por iniciativa própria em uma corrida patrocinada pelo Banco do Brasil em sua cidade, Nepomuceno. Já nessa primeira vez, em 1990, foi campeão da corrida na sua categoria, em um trajeto de aproximadamente 7 km.

            Desde o começo tive o incentivo de grandes pessoas como Mira, Soró e Joaquim. Eu treinava nas ruas da cidade e participava de competições na região. Minha primeira corrida fora da minha cidade foi em Boa Esperança, onde fui campeão da minha categoria. Nessa corrida, tive o incentivo do Espanhol e Renato Vinhas.”

            O esporte significou para mim uma mudança de vida. Foi através dele que mudei meu futuro e decidi minha profissão, professor de Educação Física. Também por ele vim para Varginha, tentar seguir o sonho de ser atleta.”

            A mudança ocorreu aos 14 anos, e logo já passou a ser atleta do Clube Olímpico Rio Verde, com o apoio do Sr. João Guerra. Participou de diversas competições em nível nacional, como Campeonato Brasileiro realizado no Rio Grande do Sul, Jogos da Juventude na Paraíba, São Silvestrinha e diversas corridas de rua.

            Meu maior orgulho foi quando me sagrei campeão mineiro dos 5.000 metros na categoria infantil, conseguindo índice para os Jogos da Juventude, em João Pessoas na Paraíba.”

            Sempre com o apoio do Helder e Erondina, que também me incentivaram a estudar e me formar como professor de Educação Física. Tive pessoas que me apoiaram e patrocinaram, mas foi difícil ter que ficar longe da minha família.”

            Costumava ter dois treinos ao dia, de manhã e a tarde, e estudava a noite, intercalados entre corridas na rua (asfalto e terra), nas pistas do Estádio Melão e fortalecimento na academia. Atualmente é professor de Educação Física na rede estadual e particular de Varginha. Não pratica mais, mas incentiva e treina seus alunos para pequenas competições na cidade.

            O atletismo significa para mim a realização de um sonho, através dele eu me disciplinei, me tornei mais forte e centrado. Agora levo meus conhecimentos do esporte para meus alunos. A minha maior alegria é saber que o esporte inclui, não diferencia ninguém. A maior frustração por ele é a falta de incentivo por parte de nossos governantes e até mesmo das empresas. Nós temos excelentes atletas que se desmotivam por falta de apoio.”

            Gostaria de agradecer a muitas pessoas que sempre me incentivaram. Primeiro a Deus, por me permitir sempre realizar meus objetivos; aos meus pais e irmãos, pelo apoio de sempre; a minha esposa por sempre estar ao meu lado; aos meus incentivadores Mira, Soró e Joaquim, que me apoiaram no início na minha cidade; ao Espanhol e Renato Vinhas, que me incentivaram a buscar o meu melhor; Elder e Erondina, que sempre estiveram ao meu lado e foram os grandes incentivadores a me tornar professor de educação física; ao Colégio Batista e a Escola Polivalente, onde leciono, por sempre me apoiarem. E aos meus queridos alunos, que sempre me impulsionam a ser melhor”.

            Sandro é enfático ao falar dos inúmeros benefícios que o esporte traz para a sociedade, e isso se deve aos diversos benefícios que estão vinculados a sua prática. “Hoje a busca pelo bem-estar individual e coletivo está presente em todos os níveis sociais, e o esporte ou práticas esportivas são fundamentais no cotidiano da população, porque auxiliam na manutenção de uma vida saudável. É preciso também destacar a importância do esporte na vivência de valores necessários para o convívio em sociedade como a tolerância, a inclusão e o respeito.”

Texto: Maria Júlia Veloso

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Lauro Santiago é homenageado na Câmara Municipal

               O Título de Esportista de Destaque conferido pela Câmara Municipal ao professor de Educação Física Lauro Cézar Santiago Sarto foi entregue, na tarde desta segunda-feira (22), pelo vereador Zué do Esporte, no Plenário da Câmara de Varginha. O vereador, autor da homenagem, fez questão de ressaltar que a entrega deveria ocorrer em um momento de festividade, mas devido à pandemia do novo coronavírus, apenas os dois poderiam participar desta entrega. “Queríamos que essa entrega fosse realizada durante uma solenidade, como o professor merece, mas infelizmente não podemos, por causa das restrições que precisamos cumprir para preservar a saúde de todos. Mas isso não diminui em nada a admiração de todos os vereadores que puderam aprovar, no ano passado, esse título que você recebe hoje e que é muito merecido. Parabéns pelo seu trabalho”, disse o vereador Zué.
            Lauro agradeceu muito o reconhecimento do vereador Zué e se disse emocionado por ter sido honrado com o título.  “É uma forma de ver todo o meu empenho e trabalho reconhecido por esta Casa que representa a população de Varginha e isso é muito gratificante. Fico muito emocionado por esta homenagem”, disse o professor.
            Além de ser professor de Educação Física, há seis anos Lauro se dedica promover eventos esportivos e culturais na cidade, como: Corrida dos Jovens e Adultos de Varginha, Corrida do Café, Simpósio Ser Libras e Varginha Dance Sem Preconceito.

Por: Mirella Penha - Jornalista MTB – 13314

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Marcinho "Goleiro" conta sua história

Nome: Márcio José da Silva
Apelido: Marcinho Goleiro
Idade: 39 anos
Esporte: Futebol

            Como começou a praticar em um torneio escolar aos 9 anos. Logo, a convite do treinador Betoca, passou a treinar no Maringá Futebol Clube, em Boa Esperança/MG. Depois, foi para equipe do JENE (Juventude Esportiva Nova Era), na mesma cidade, onde jogou por cinco anos com os treinadores Chico, José Osvaldo, Cícero e o presidente do clube na época Zezinho da Radio (in memoria).

            Sou grato a todos eles. Atualmente, jogo campeonatos nas regiões sul, sudeste e centro-oeste mineiro. Treino com regularidade, pelo menos 4 vezes por semana.”

            Sua primeira competição foi em um torneio escolar municipal na cidade de Boa Esperança, onde representava a Escola Estadual Casimiro Silva. Já o primeiro título, veio aos treze anos, com a equipe do JENE. Foi campeão Sul Mineiro contra a cidade de Machado, em 1993/1994. Há 17 anos, teve a oportunidade de se tornar treinador das categorias de base, treino específico para goleiros, na cidade de Coqueiral/MG, onde morou por vinte anos.
 
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            No começo o esporte foi minha inclusão social. Hoje, significa uma oportunidade de passar tudo que aprendi nestes 30 anos no futebol aos mais jovens, e ajudar as equipes que participo”.

Marcinho continua seus treinos com exercícios em casa mantendo o isolamento social. “Mas em geral não vejo dificuldade em treinar, gosto muito. Sem treino fica difícil apresentar bom desempenho nas partidas”.

Seu maior orgulho é ter conquistado grandes e sinceras amizades por onde passei. “Minha maior alegria foi ter jogado com meu filho e com meus irmãos. Maior decepção é saber que no meio do futebol exista muita falsidade.”

            Marcinho afirma que seu pai, que também é goleiro, é o seu maior ídolo.  Ele me inspira por sua paixão pelo futebol e por deixar sua marca e nome no futebol da região. Para ser como ele, treino para jogar sempre bem. E mantenho a humildade e liderança nos jogos.” Suas perspectivas para futuro agora incluem poder jogar bem por mais alguns anos e ser campeão junto com seu filho.

            Gostaria de fazer agradecimento a Deus e a todos que me incentivaram,  confiaram no meu futebol e no meu trabalho como treinador. Me ajudam muito com oportunidades e críticas construtivas”.

Para aqueles que são menos experientes, Marcinho deixa o recado: “se você tem um sonho, invista nele. Acredite em você! Apesar das dificuldades, siga em frente com disciplina, fé e humildade. Diferenciando os que estão contra e os que estão a favor do seu objetivo.”

Texto: Maria Júlia Veloso 

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segunda-feira, 22 de junho de 2020

HERÓIS DO ESPORTE MUNDIAL #04 - Hélio Gracie

Certa vez Kimura disse sobre Hélio Gracie: O homem que nunca desiste

Por Douglas Aleixo

Hélio Gracie, juntamente com seu irmão Carlos Gracie, foram as figuras centrais e precursores do Jiu-Jítsu em terras brasileiras, a luta milenar japonesa denominada “arte suave”!
Patriarca da lendária Família Gracie, tendo ícones mundiais e detentores de uma dinastia até os tempos atuais, sendo idealizadores do famoso ale Tudo ancestral do UFC!
Hélio na sua fase inicial da vida em Belém do Pará era acometido de várias morbidades e saúde frágil, limitando-se somente a observar seu irmão mais velho Carlos Gracie a ministrar aulas da então luta desconhecida pela maioria dos brasileiros.
Certa vez, Carlos se atrasou para uma aula de um de seus discípulos e Hélio muito prestativo se prontificou a ajudar, sem resistência do aluno, Hélio lecionou e o resultado foi tão positivo que Carlos ao chegar já ao final da aula foi interpelado pelo aluno alegando que daquele dia em diante só queria ter aulas com Hélio.
Com o devido consentimento de Carlos, Hélio foi se aprimorando e provando que com determinação, inteligência e técnica um individuo com estatura e peso inferior poderia sim vencer um oponente mais robusto e pesado.
Relato de Hélio Gracie sobre sua perspectiva sobre a luta: 
LINK
O Jiu-Jítsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jítsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saúde”.
“O problema consiste na criação de um Jiu-Jítsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jítsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jítsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jítsu”.
Hélio foi protagonista de uma das lutas mais épicas tendo como oponente o grande campeão Masahiko Kimura, lembrando que Kimura era campeão mundial e peso-pesado.
A luta aconteceu em 23 de outubro de 1951, foi realizada no estádio do maracanã e Hélio apesar do empenho resistiu bravamente, mas depois de perder momentaneamente a consciência se viu imobilizado durante 18 minutos em uma chave de braço denominada ude-garami, golpe esse posteriormente denominado Kimura, em homenagem justa ao vencedor desta luta.
Hélio Gracie deixou um legado pautado em uma mentalidade vencedora, disciplina, perseverança e técnica como fatores preponderantes para o sucesso, não só do Jiu Jitsu, mas sim na vida!
O mestre da arte suave partiu deste plano no dia 29 de janeiro de 2009, Hélio Gracie morreu em Petrópolis aos 95 anos de idade.

Douglas da Silva Aleixo, Advogado, Licenciado em Filosofia
 e entusiasta do esporte. Colaborador do Jornal PODIUM.

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Max Miller conta sua história

Nome: Max Miller Moreira
Apelido: Biro Biro
Idade: 29 anos
Esporte: Futebol

            Comecei com 7 anos na escolinha do CDCA. No começo, foi apenas uma brincadeira, mas logo fui pegando gosto. Meu primeiro campeonato foi com 7 anos, na quadra do meu bairro Vila Esméria, e o primeiro título no futebol de campo foi com  14, na cidade de Itabirito. Fui campeão com a equipe do Fabril de Lavras.”

Nas categoria de base defendeu os clubes:
Fabril de Lavras/MG
Real Minas/MG
Cruzeiro Esporte Clube/MG
Itaúna Esporte Clube/MG
Brumadinho Esporte Clube/MG
Vitoria Esporte Clube/BA
Duque de Caxias Esporte Clube/RJ
Leme Esporte Clube/RJ
São Cristóvão Esporte Clube/RJ

            Clubes que atuou como profissional:
Itaúna Esporte Clube/MG
Olímpia Esporte Clube/SP
Francana Esporte Clube/SP
Botafogo Esporte Clube/DF
Santa Maria Esporte Clube/DF
Rio Branco Esporte Clube/AC

            Atualmente, Max joga profissional no Rio Branco/AC. “Meus treinos são diários, e acredito que a parte mais difícil seja a dieta, mas hoje sou grato a Deus por conseguir realizar meu sonho. Meu maior orgulho é me tornar um jogador profissional e ter jogado no estádio Maracanã com a camisa de um clube grande, e ser o espelho para muitos jovens.”

            Seus ídolos são seus pais, por toda a dedicação e humildade. Tenta fazer o seu melhor para ser assim também, e viver um dia de cada vez. Agora, seus planos são de seguir a vida e buscando sempre dar um conforto melhor para a família, pois os ensinamentos que recebeu foram de muita humildade, amor, dedicação e respeito.

            “Quero agradecer a todos que participaram e participam da minha carreira no futebol profissional e a todos que participam no futebol amador, em especial a forte equipe do Registanea, com quem tive o prazer de ser campeão Sul Mineiro e campeão do Amadorzão; à equipe do NEC Nepomuceno por eu ter sido campeão da Copa Alterosa. Além disso, a forte equipe da Frangobel, com quem fui campeão do Bairrão. E a vocês do Jornal PODIUM, pela oportunidade de contar minha história.”

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