sexta-feira, 19 de junho de 2020

Luan Beltrão conta sua história

Luan de Carvalho Beltrão Ferreira
Idade: 22 anos
Esporte: Judô
            Atleta de alto rendimento de judô, Luan começou a praticar aos 14 anos para poder acrescentar técnicas ao Jiu-Jitsu, que treinava desde os 12. No começo significou apenas esse auxílio, mas dentro de um a dois meses já estava apaixonado pelo novo esporte e pelas pessoas com quem treinava. Sua primeira competição de Judô foi nos Jogos Estudantis, realizado na SEMEL, para definir a seleção varginhense de 2012, onde já teve vitória.
            Cheguei como azarão, porque eu tinha pouco tempo na modalidade, questão de dois meses, e consegui sair vitorioso diante de pessoas mais graduadas, com quase 5 anos no Judô.”
            Naquele ano permaneceu treinando apenas essa modalidade, mas logo retornou com o Jiu-Jitsu, sem perder o foco no Judô. Mesmo com pouca experiência e tempo de treinamento no esporte, Luan se destacou muito, sendo campeão do JEMG. Foi para as Olimpíadas Escolares, atual JEJ, e conseguiu a quinta colocação em nível nacional.
            Em 2014, Sensei Lucas e Sensei Rodrigo lhe conseguiram a oportunidade de fazer o teste no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte.
            Foi uma semana intensa de treinos. No último dia do teste, anunciaram minha aprovação. Assim, minha vida mudou completamente e comecei a representar o clube. Naquele ano não tive muitos resultados expressivos, tive uma lesão séria na coluna que me afastou por um tempo dos treinos.”
            No ano seguinte, conseguiu os maiores títulos da carreira até o momento, Campeão Brasileiro sub-18 (Campo Grande/MS) e Campeão Panamericano sub-18 (Costa Rica). E no Sub-21, esteve entre os quatro primeiros nas competições nacionais de 2016 a 2018. Em 2019, entrou para categoria Sênior.
             Tive muitas lesões que me afastaram um pouco do tatame. Este ano, voltei com foco total e sensação de missão cumprida por me graduar em Educação Física, mas infelizmente estamos enfrentando essa pandemia, treinando por videoconferências do Clube, alguns improvisos e realizando na medida do possível. Atualmente defendo as cores Azul e Branco do Minas como atleta de alto rendimento. Isso para mim significa muito por ter essa oportunidade maravilhosa, onde conquistei várias coisas na minha vida. Tenho certeza que faria tudo novamente.”
Sua rotina de treinamento é de dois treinos ao dia, cada um de 2h e intensidade extrema segunda a sexta, e um treino aos sábados, sempre um de preparação física e o outro de Judô, seguindo o planejamento da Comissão Técnica.
Enfrenta dificuldade com um problema na coluna causado por uma lesão, a qual  levará para a vida toda. O atleta busca se cuidar quanto a isso, realizando sessões de fisioterapias, treinos de estabilidades e mobilidades. Todavia, em alguns momentos, a lesão acaba se agravando e o afasta dos treinos.
Luan teve a oportunidade de treinar com seu ídolo, Luciano Corrêa, e agora é atleta dele. Além disso, Luan se inspira nas pessoas que sempre estiveram ao seu lado, por suas histórias de superação, motivação e determinação. Da mesma forma, busca inspirar os mais jovens, com incentivos, dicas ou orientações que sejam adequadas para eles.
            Quero agradecer primeiramente a meus pais, sem eles acredito que nada disso teria acontecido. Aos meus primeiros Senseis de Varginha, Lucas e Rodrigo, por acreditarem no meu sonho. Ao meu amigo desde quando entrei no Judô, Robert Fabiano, que me apoiou muito nos treinos quando eu representava Varginha, e hoje mantemos uma relação ótima. Agradecer meus amigos de BH e a toda comissão técnica do Minas Tênis. E também minha namorada Carolina, que me ajudou bastante a enfrentar muitas barreiras fora do tatame, além de meu irmão, que mesmo de longe me apoia e me motiva.”
            “O maior ensinamento que o Judô me trouxe é me levantar após cair, sempre continuar a sua jornada e não desistir. Meus planos são de voltar aos treinamentos, realizar minhas metas dentro e fora do tatame. Deixo aqui meu muito obrigado por contar um pouco da minha história.”

Texto: Maria Júlia Veloso

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