Nome: Iarvin Gonçalves Valeriano
Idade: 27 anos
Esporte: Futebol
No começo, o esporte significou
um sonho para Iarvin e também um caminho longe das ruas, onde aprendeu a não se
envolver com crime, drogas e violência. Mostrou-se um caminho para seguir junto
aos estudos. “Foi um importante formador
do meu eu. Quando comecei a praticar futebol, me apaixonei de cara. Sempre foi
meu desejo jogar e ver minha família e amigos torcendo por mim e pelo meu clube”,
diz o atleta.
“Eu costumava ir bastante aos jogos no Nego Horácio, no Sete de Setembro
e no Flamenguinho ver o VEC, junto com bons parceiros, como João Carlos Trator,
Wilson Jesus, Marcinho e outros caras que jogavam muito, mas não me lembro de todos
agora. Víamos as pessoas aficionadas, era muito divertido ver a paixão delas
pelo esporte e pelo clube de seus bairros”, lembra.
Estreou no campo do Nego
Horácio, pela escolinha do Barcelona, e no projeto Ciame, aos 05 anos. Aos
quatorze, jogava futsal e campo, na Vila Flamengo e pelo Botafogo de Varginha,
do técnico Paulinho Gabriel. “Foi uma das
épocas mais divertidas da minha vida. Treinávamos toda quarta e sábado, e competíamos
no sábado, quando nossos recursos eram suficientes para disputar campeonatos.
Jogamos contra o Cruzeirinho VGA, Corinthians VGA, América VGA, AVE e
Fluminense VGA”.
Iarvin conta que muitas
vezes chegaram longe, porém, por falta de recursos financeiros, tinham que
abandonar. “Mas jogamos tudo o que
tínhamos, eram jogos clássicos”, brinca. Com botafogo teve a experiência de
jogar campeonatos clássicos como Cidade Varginha e Sul Mineiro.
Sua primeira competição foi
o Campeonato Cidade Varginha em 1999, que aconteceu no campo Sete de Setembro,
sendo mirim do Barcelona VGA. “Foi muito
significativo em termos de persistir, superar dificuldades, medos e barreiras.
Foi superação, comecei no banco, entrei e
fiz gol, mas meu time levou a sacola com uns 9 gols kkkkkk. Na época isso não
fez diferença, só queria jogar”.
Aos 16 anos, entrou no
time juvenil Semel VEC, dos professores Wendel, Marquinhos e Donizete. “Foi muito especial para mim. Aprendi
muitíssimo com professores e amigos de time. Confesso que gostaria de ter
começado antes ali”. No ano de 2009, jogou no Torneio Internacional Brazil
Cup, ficando em terceiro colocado, e no Campeonato Mineiro Juvenil, no qual
tiveram o mesmo resultado. Um outro jogo inesquecível para Iarvin foi também nessa
temporada, VEC x Vila Flamengo, quando fez três gols. “O flamenguinho tinha muita gente. Minha mãe e meu irmão assistiram
exclusivamente esse jogo, foi especial”, conta o atleta.
“Tive ótimas experiências, aprendi muito com treinadores e amigos de
time de Varginha. Me lembro que jogaram comigo Naninho, João Paulo, Donizete,
Gladson, Rafael Toró, Felipe, Marcão, Lucca, Marruco, Elias Formiga e alguns
outros. Treinos, viagens e concentrações. Foram grandes oportunidades para
aprender e boas experiências. Ver jogos contra América BH, Venda Nova,
Democrata Sete Lagoas e Palmeiras B, entre outros, foi importante para ganhar
bagagem.
Em
2011, quando o BOA Esporte Clube foi transferido para Varginha, eu e uma
molecada da categoria júnior ficamos treinando ali por alguns meses. Mas não
era a intenção deles nos aproveitar naquela época, então fomos dispensados.
Continuei jogando na cidade, campeonato amador por alguns clubes, como
Barcelona, Fertipar, Minas Sul, Bonsucesso, Roma e Valencia”.
Em 2018/2019, Iarvin teve
a oportunidade de fazer um ano de faculdade de Educação Física no Paraguai,
onde jogou no Club Tagy Poty San Rafael del Paraná, perto da Ciudad del Este.
Na cidade de Encarnación, mais ao Sul do Paraguai, jogou no Club Petirrossi de
Cambyreta e no Club 22 de Septiembre Encarnación.
Ainda naquele país,
treinou com o professor Miguel (Minguichi), que lhe abriu as portas, ajudando-o
na pré-temporada. “O professor faz um
trabalho muito interessante lá com futebol feminino e infantil. Um trabalho
muito focado em coordenação psicomotora e fundamentos voltados ao futebol, tudo
sem muito patrocínio, mas muita força de vontade. Achei interessante citar esse
trabalho pela gana e amor ao esporte, quero ter oportunidade de mostrar seu
trabalho para os demais, e algum dia poder ajudar também”, afirma o
jogador. Atualmente, Iarvin estuda em Varginha.
“Hoje em dia, busco sempre também fazer alguns treinos específicos com
amigos, tentando conciliar isso com o estudo e trabalho. Tenho orgulho de ter
feito amizades, dos jogos e disputas que participei, porque não foi fácil.
Minha maior felicidade é poder treinar e jogar, estar em campo. Futebol sempre
será uma alegria para mim.”
O atleta tem como
perspectiva para o futuro concluir a faculdade com êxito. Ser um profissional
de Educação Física requisitado e de sucesso. “Gostaria de fazer um agradecimento especial aos meus pais, Maurílio e
Lúcia, meus ídolos, e meu irmão Gilson. Por sempre me apoiarem em tudo.”
No esporte, tem admiração
pelos ídolos Michael Jordan, Ronaldo Fenômeno e Daniel Alves. “Queria ser como eles, foram grandes atletas
e conquistaram muitíssimos títulos, principalmente Jordan - o melhor sempre”.
Iarvin deixa uma
importante dica para aqueles que são menos experientes: “Estudem, respeitem e cuidem do pai e da mãe, eles são as pessoas mais
importantes na vida... é a base. Mantenham bons amigos, amigos do bem como
prioridade; treinem com vontade, não desistam do sonho, por que que algum dia
vai ter alguém olhando, mesmo que vocês não imaginem”.
Texto: Maria Júlia Veloso
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