segunda-feira, 15 de junho de 2020

Gabriela, G10, conta sua história

Gabriella Gianna de Souza Silva
Apelido: G10, Gabi
Idade: 15 anos
Esporte: Futsal

            Seu pai desde pequena a ensinou a praticar. “Quando eu tinha um ano e meio como meu pai em diz, ele já me ensinou a dar meus primeiros chutes. Depois daí, nunca mais parei. Sou apaixonada na forma como nós mulheres conquistamos o nosso espaço neste esporte e, apesar das condições, nunca termos desistido de continuar.”
            Com 8 anos, sua mãe achou uma escolinha lá no VTC, onde apenas treinavam meninos, mas mesmo assim eles a aceitaram. “Me levaram até para fazer amistosos, mas lá tínhamos que pagar a mensalidade e minha mãe nem sempre tinha condições, então eu ficava sem ir às vezes por conta disso.” Atualmente, Gabriella prática no time do Real Madrid em Varginha.
            Mesmo tendo vários obstáculos, eu não desisti e continuei com meu sonho. Hoje em dia, reconheço tudo que eu passei esses anos para trás só me motivaram a melhorar cada dia mais.”
            Em janeiro de 2018, recebeu um convite para jogar com o time de Varginha em Três Pontas. “Eu nunca tinha jogado um campeonato, esse foi o meu primeiro. Participei junto com o treinador João Pedro. Nesses jogos, eu estava muito nervosa, com medo de fazer algo errado e de estragar tudo, mas deu tudo certo e a gente saiu levando o troféu de segundo lugar.” 
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            Participou de campeonatos como Lidarp 2019, Josul 2018 e Elói Mendes 2018. Todos esses campeonatos a fizeram evoluir e se esforçar cada vez mais. “Sou muito grata por mim mesma por não ter desistido.” 
            No momento seus treinos estão parados, mas sua rotina incluía físico com bola e sem duas vezes por semana. “Todo dias às 18h eu saio para correr para ajudar na minha condição física, além abdominais de manhã, alimentação sempre saudável e alongamentos.”
            Minha maior alegria foi quando a minha mãe começou a participar dos meus jogos, foi aí que me motivou mais ainda. Enfrentei pelo esporte muita humilhação, falaram que eu não iria conseguir, que era uma coisa difícil, e até passei por bullying. Me falaram que mulher não pode jogar futebol porque é coisa de homem, cada palavra de mal gostos, mas foi uma grande motivação para eu continuar com aquilo que sempre sonhei.”
            O esporte me trouxe muita responsabilidade e respeito com o próximo, me trouxe companheirismo, carinho e muito mais. Queria agradecer a Cecília Mendes, por ter me ajudado a entrar para o time de Varginha, e agradecer o João Pedro, por ter me dado essas força. Agradecer ao Fernandinho, que me ajudou a evoluir o meu futsal e o meu pensamento. Você é como meu pai no futsal, me ajudou a perceber que meu futebol era muito além daquilo que eu via. Quero agradecer também ao treinador Vinícius, aos times que eu passei e minha mãe, por todo apoio.”

Texto: Maria Júlia Veloso 

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