O Comitê Olímpico do Brasil (COB) publicou nesta quarta-feira (24), uma nota oficial de cancelamento dos Jogos Escolares da Juventude (JEJ) de 2020. A ação contou com o apoio das 14 confederações das modalidades esportivas que compõem o quadro de competições do evento.
A
decisão foi tomada após reuniões virtuais envolvendo as 27 secretarias ou
fundações estaduais que analisaram os riscos na exposição de cerca de 5 mil
atletas ao surto de Covid-19. Os JEJ já tinham data definida, de 7 a 21 de
novembro, e antes da pandemia o COB estava em processo de definição da sede,
que tinha como forte candidata a cidade de Campo Grande (MS).
Dentre
os diversos fatores analisados pelas entidades durante as reuniões,
destacaram-se:
-
Risco de contágio em ambiente sem controle direto do COB e Confederações,
considerando transporte aéreo e terrestre até a cidade-sede, hotéis, centros
comerciais, entre outros;
-
Diferença entre as situações de cada Estado em relação à pandemia e o impacto
na isonomia da competição;
-
Incerteza da data de retorno do calendário escolar presencial que pode
comprometer o processo seletivo;
-
Possibilidade de os pais não autorizarem as viagens dos atletas;
-
Eventual conflito com o calendário nacional das modalidades em função da
possibilidade de concentração de muitos eventos no último trimestre do ano.
Também
com base nos riscos de contágio do novo coronavírus que os três eventos da
etapa regional, que aconteceriam em setembro, já haviam sido cancelados no dia
25 de março.
Os
JEJ, organizados pelo COB desde 2005, são a maior competição estudantil do
país, envolvendo alunos de escolas públicas e privadas, em duas faixas etárias:
de 12 a 14 anos e de 15 a 17. São 17 modalidades em disputa. Considerando as
etapas seletivas, organizadas pelos estados, o programa alcança cerca de 2 milhões de jovens. Envolvidos diretamente com
o COB, considerando atletas, árbitros, treinadores e voluntários, entre outros,
chegam ao número de 8 mil pessoas.
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