Por Douglas Aleixo
Marco Pantani é o nosso
herói desse artigo, considerado por muitos como um dos melhores escaladores do
ciclismo mundial de todos os tempos, este Italiano de porte franzino e com sua
típica bandana assombrou o mundo no ano de 1998.
Dotado de uma resistência
quase mutante e como uma fábula incrível conquistou as duas provas mais
intensas e difíceis de todo o universo do ciclismo.
O pirata, como era
conhecido pelos fãs e imprensa italiana, realizava implacáveis perseguições e
fugas de seus oponentes trajando seu típico uniforme rosa e sua bandana
inconfundível (isso em uma época que não se exigia o capacete como item
obrigatório).
Em 1998 ele conquistou o
Giro d’Itália e o fabuloso Tour de France, rivalizando com nada mais e nada
menos que o alemão Jan Ullrich, em um embate épico e divisor de águas!
Mas infelizmente, como
tudo na vida, existe momentos inglórios, Pantani viu sua trajetória vitoriosa e
meteórica se esvaindo, sendo que em 1999 figurando como o favorito do Tour de
France foi expulso da competição sob a alegação de doping, mais
especificadamente pelo uso antidesportivo de EPO (Eritropoetina), medicação
muito utilizada no meio médico para o aumento de glóbulos vermelhos, aumentando
assim a potência respiratória, pulmonar e otimizando o rendimento esportivo, diga-se
passagem de modo ilegal.
Mas, apesar de toda
controvérsia com substancias ilegais para o esporte e lesões devido a quedas
brutais, o pirata viu sua popularidade aumentar de modo astronômico, isso
devido a sua agressividade, e gosto nostálgico dos fãs e entusiastas do esporte
por escaladores genuínos e clássicos, sendo o único a rivalizar com o até então
insuperável Lance Armstrong, e inclusive o vencendo.
Pantani internou-se em uma
clínica no norte da Itália em junho de 2003, acometido por uma depressão
profunda, onde as esperanças de vê-lo novamente nas grandes competições se
extinguiram!
Diante de várias
controvérsias e histórias conspiratórias envolvendo a máfia camorra, o herói
sucumbiu e morreu subitamente em um hotel de Rimini, no litoral Adriático em 14
de fevereiro de 2004, precocemente aos 34 anos de idade, e sua autópsia
evidenciou que sua morte foi em virtude de uma parada cardíaca provocada por
suposta overdose de cocaína, fato contestado pela família, amigos e fãs.
O pirata se foi, mas deixou um legado e reputação ilibada, sintetizada no talento, garra, dedicação e amor incondicional ao ciclismo!
Douglas
da Silva Aleixo, Advogado, Licenciado em
Filosofia e entusiasta do esporte. Colaborador do Jornal PODIUM
Excelente artigo, realmente Pantani foi uma lenda!
ResponderExcluirSalve o pirata, parabéns Douglas Aleixo pelo lirismo.
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