quarta-feira, 17 de junho de 2020

Luara Postille conta sua história no basquete


Luara Rosa Postille Pereira Petrin
Idade: 19 anos
Esporte: Basquete

            Começou a praticar basquete através da irmã Fernanda, que a levava para os treinos junto com ela, até que um dia recebeu um convite para treinar da técnica Silvia, quando tinha 9 anos de idade. “No começo o esporte significou o início de uma nova vida para mim, me proporcionou muitas amizades, aprendizado, responsabilidade e muitos momentos de alegria.”

Sua primeira competição oficial fora de Varginha foi em Poços de Caldas, no Jojuninho 2013. “Significou muito para mim, pois foi uma viagem com as meninas um pouco mais velhas que eu, na época eu tinha 12 e o campeonato era até 15 anos, e ganhei minha primeira medalha, de bronze. Antes eu não fazia ideia de como funcionava os campeonatos, dormir fora de casa, conviver com outras pessoas de outras modalidades e cidades em um mesmo alojamento, foi uma descoberta incrível.”

No ano seguinte, se mudou para escola Industrial, para poder participar dos Jogos Escolares, onde foram campeãs da fase Estadual e representaram Minas Gerais no Campeonato Brasileiro Escolar em Londrina-PR. Em 2015, representaram o Brasil no Campeonato Mundial Escolar na Ilha de Malta-UE, e também no Campeonato Brasileiro de Seleções em Curitiba-PR, onde foram campeãs da 2ª divisão: “foi o maior orgulho da minha carreira até agora”.
 
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Em 2016, teve a oportunidade de mudar do estado para atuar pelo time de Araras-SP. Dois anos depois, foi para Barretos-SP e logo para Joinville-SC. Neste ano, retornou para Araras-SP. “Hoje o esporte significa um caminho que abre muitas portas e oportunidades para o futuro próximo para mim.”

Nossa rotina de treinamento funciona em três etapas: a preparação física duas vezes por semana; a parte tática, também duas vezes por semana; e parte de fundamentos, que acontece antes de cada treino. Além disso, também temos a parte psicológica, onde uma vez por semana fazemos reunião com o psicólogo da equipe.”

Sua maior alegria hoje em dia é poder continuar seguindo seu sonho de jogar e estudar fora de Varginha, junto com amigos que fez através do basquete. Mas também encontrou decepções pelo esporte em sua jornada. “A parte mais difícil é ficar longe da família e de quem gosto, a falta de patrocínios também, pois não ficamos tão motivadas quanto outras modalidades que são melhores reconhecidas que o basquete feminino, apesar de existir carência de reconhecimento e investimento para todas as categorias não profissionais. Além disso, o preconceito, por ser categoria feminina em um esporte de contato.

Minhas grandes ‘ídolas’ são minha mãe e minha irmã, que também jogavam e me inspiraram a seguir essa carreira. Elas sempre me incentivaram e me mostraram que, quando a gente tem vontade e sonha em realizar algo, a gente consegue. Agora sou alguém que corre atrás de tudo o que tenho vontade com muita garra.” A atleta agora pretende continuar jogando e se formar na faculdade.

O esporte me ensinou a conviver com pessoas de culturas diferentes, respeitar, ser honesta e persistir até o último segundo para conseguir a vitória! Gostaria de agradecer principalmente a minha família, que me incentiva a cada momento, aos técnicos que já tive o prazer de conhecer e aprender muitas coisas e amigos que estão sempre ao meu lado.”

Texto: Maria Júlia Veloso

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