quarta-feira, 29 de abril de 2020

Conheça a história do ultramaratonista Glênio Carvalho

           Em história, o que determina se ela é boa ou não, depende de como o personagem principal reage a mudança de sua realidade que lhe é imposta. No caso de Glênio de Moraes Carvalho, ou Cabrito, de 38 anos, praticante de Trail Run e Ultramaratonas, sua transformação veio de uma doença crônica e, sua reação, o levou a níveis mundiais.

Glênio sempre gostou de atividade física, mas o seu sonho - “assim como 90% das crianças” - era ser jogador de futebol. Como o destino não o levou a essa atividade, ingressou no curso de Educação Física. Foi diagnosticado com psoríase, uma doença autoimune e assim, começou a se dedicar a atividades físicas, como a musculação e corrida.

Cabrito observou algo interessante quanto ao tratamento: quanto mais aumentava a distância na corrida, mais as manchas causadas pela psoríase sumiam. Assim, começou com 5 km, depois 10 km, 22 km, 42 km, 50 km, 80 km, 160 km, 217 km, 300 km correndo (chamadas ultramaratona). Hoje, é um varginhense que representa a cidade, Minas e o Brasil!

“Os amigos são uma parte bacana aqui em Varginha, porque temos um grupo que sempre faz os longos no final de semana - isso motiva muito a todos! Começou em 2004, quando comecei a atuar como personal trainer e, consequente, comecei a correr com os clientes no alto da Vila Paiva, em Varginha. Isso até os dias de hoje”, conta Glênio.

“Acho que todas as competições são de grande aprendizado. Como me apaixonei pela ultramaratona, ficar entre os 10 melhores do Brasil e do Mundo, em uma prova chamada BR 135 milhas 217 km, foi bem bacana - ver o pórtico da chegada! E várias outras ultras, pois a corrida proporciona muitos amigos, libera hormônios e cuida da saúde de tal forma que só os exercícios aeróbicos proporcionam.”

O atleta conta que sua maior alegria é ver o quanto o esporte une, porém também observa um ponto ruim: “frustrações no esporte são difíceis, mas existem algumas pessoas na área da Educação Física que tentam passar a perna - não são formadas e atuam na área. Essa sim é minha frustração quanto ao esporte”.

Sua perspectiva agora é completar os 1000 km correndo, e deixa um recado para todos: “pratique atividade física sempre acompanhado de profissional de Educação Física ou uma equipe multidisciplinar orientando”.

Texto: Maria Júlia Veloso

LINK

Nenhum comentário:

Postar um comentário