Nesta segunda-feira, 21, o vereador
Dudu Ottoni apresentou Moção de Aplauso à professora Sílvia Amorim de Carvalho
pelos valiosos anos de contribuição nas áreas de Educação e Esporte do município
de Varginha.
Em
sua justificativa, o vereador descreveu sua biografia e currículo. Sílvia Amorim
de Carvalho nasceu em 17 de outubro de 1953, primeira dentre os sete filhos de
Nisio Cardoso de Carvalho e Luza Amorim de Carvalho. Desde cedo sentiu o peso
de ser a primogênita de uma grande família e logo começou a trabalhar.
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Sempre foi apaixonada por esportes em geral, inclusive o primeiro esporte de
sua vida, pasmem, não foi o basquete: iniciou como atleta de handebol no
Colégio dos Santos Anjos -, disse Dudu.
Mesmo
não sendo uma área de grande atuação feminina na década de 70, não se intimidou
e foi a primeira mulher varginhense a graduar em Educação Física, concluindo
seu curso em 1977 na Fundação Educacional de Muzambinho, atual Instituto
Federal.
Nos
anos seguintes acumulou títulos e cursos com certificado e atualizações, nunca
se acomodando. Cursos técnicos pedagógicos de basquetebol e outros com nomes
nem tão simples assim: Psicomotricidade e Educação Física Infantil.
Mesmo
antes dessa conclusão, já dava aula de educação física em escolas publicas e
particulares não só para sustentar seu maior objetivo que era se tornar técnica
esportiva, mas também para ajudar a custear os estudos.
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Ainda
antes de finalizar sua graduação, em 1976, um dos técnicos que a inspiram na
escolha da profissão, Ozório de Castro (ex-atleta da seleção brasileira de
basquete) deixou o cargo de técnico de basquete do Varginha Tênis Clube, onde
então, Sílvia iniciou sua carreira como técnica oficialmente.
Logo
no primeiro ano de formada levou a equipe da Escola Estadual Coração de Jesus a
fase nacional dos jogos escolares não deixando nada a desejar.
Atuou
como professora no Colégio Cetem, de 1975 a 1999, tornando o colégio uma
referência no quesito esportes, não somente no basquete, mas trouxe inúmeros
títulos nos jogos escolares.
Além
do esplêndido trabalho como formadora de atletas e caráter, Sílvia também
sempre desenvolveu trabalhos sociais conseguindo bolsas para inúmeras crianças
e adolescentes ao longo desses anos. Hoje adultos e professores, médicos,
dentistas, engenheiros, dos quais ela pode ter orgulho de ter participado de
suas formações.
Esse
trabalho social se estendeu por toda sua carreira, sempre semeando em jovens
desacreditados ambições maiores e os ajudando na carreira acadêmica e
profissional sempre que possível.
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Perdemos a conta de quantas vezes buscou atletas em casa para colocar dentro
das quadras e das universidades -, comentou.
Em
1979, recebeu reconhecimento pelo seu trabalho e esforço e passou a ser
convidada para ser técnica da seleção mineira de basquete feminino, alternando
com outros técnicos reconhecidos do Estado nas décadas seguintes, novamente a
única mulher.
Sílvia
casou-se em 1982, e em 1984 se afastou de alguns projetos em nome da
maternidade somente participando de campeonatos escolares. Seu filho foi
destaque no basquete mineiro entre clubes e seleções mineiras desde muito novo.
Em
1987 participou da primeira edição do JIMI (Jogos do interior de Minas Gerais).
Desde então participou de quase todas as 31 edições, acumulando nove títulos de
campeã, 11 vice-campeonatos e quatro de terceiro lugar.
Em
1988/1989 participou da fundação da ASSESMIG - Jogos da Juventude. Sem
interesse em atuação na área administrativa, indicou o professor Marcos Delgado
Duque.
Participou
de 24 edições do JOJU, com 21 títulos de campeã e 18 edições do JOJUNINHO somando
11 medalhas de campeã.
Em
1994 finalmente foi homenageada pela Prefeitura de Varginha por anos de
dedicação e frutos do seu trabalho.
Em
2000 conseguiu seu primeiro título de campeã brasileira em Palmas (TO), na
categoria infanto-juvenil.
Em
2015 teve sua primeira experiência internacional nos Jogos da Primavera, em
Malta pelos seus resultados nos Jogos Escolares Brasileiros.
Em
2017 recebeu o prêmio destaque do esporte no fórum regional do Estado, fruto do
trabalho de uma vida e, com certeza, muito menos do que merecia.
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No entanto, toda essa dedicação não deixou tempo para a autopromoção e
marketing pessoal. São 63 anos de vida e 42 devotados ao basquete e muitas, mas
muitas vidas transformadas -, finalizou o vereador Dudu Ottoni.
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