sexta-feira, 27 de março de 2020

Vamos conhecer a história do goleiro Allifer

Nome: Allifer dos Santos Carvalho
Apelido: Deon, por meu pai se chamar João Deon e sempre foi um orgulho ser chamado assim

Início:
- Comecei no futsal, na quadra na Vila Esmerira, um bairro na minha cidade de Nepomuceno, que sempre respirou o futebol pelas duas equipes que são tradicionais do bairro e na cidade.
Na época tinha ainda o Nova Geração e o grande Atlético da Vila do Mozar, infelizmente os dois estão inativos no momento, e isso é uma tristeza pra mim porque quando eu era criança ia sempre no estádio do América assistir grandes jogos dessas equipes e outras grandes do município. Ficava ali embaixo das arquibancadas catando e chutando latinhas e vendo grandes jogadores da cidade e região dando um verdadeiro show em campo. Naquela época nem imagina que um dia ia conquistar o mesmo campeonato, no mesmo campo, até hoje já por seis vezes consecutivas e hoje posso ver os meus filhos no campo me assistindo. Isso é uma grande felicidade pra mim.

O mestre:
- Como disse, comecei na quadra com o professor Itamar que também foi um grande treinador de basquete. Ele sempre viu que eu tinha potencial no gol e sempre dizia: “olha, no gol e só um e na linha são vários”.

Da quadra para o gramado:
- Logo também iniciava minha vida no futebol, no campo da Vila Esmerira, mas completamente diferente. No campo onde queria jogar no gol, meus primeiros treinadores Zinho carioca e Firmino insistiam pra eu jogar na linha, na zaga, porque meu pai João Deon foi um grande zagueiro, então eu tinha que ser zagueiro também.
Agora vejo que isso tudo foi bom pra minha formação no gol, porque também tenho uma das minhas qualidades em jogar com os pés.
Nesse mesmo tempo, com 10 pra 11 anos, comecei na escolinha do América com o treinador Zé Carlos, depois o Tilim e o professor Juliano e novamente o professor Zinho carioca.

Novos horizontes:
- Aos 15 anos, apareceu a oportunidade de ir jogar no Fabril de Lavras, time de grande prestígio na região, mas que na época passava uma situação financeira não muito boa. Aí meus pais tinham que ajudar e na época, meus pais não tinham nem perto a condição financeira que têm hoje. Meu pai cortava cana da índia, um serviço duro e eu treinando (!), eu não achava justo meu pai e minha mãe se sacrificando pra eu estar ali.

Apoios:
- Foi nessa época que eu conheci uma pessoa maravilhosa, que foi o Marcão de Lavras. Um treinador que tinha uma escolinha no campo da ferroviária de Lavras, com o nome de Cruzeirinho. Certamente foi uma das melhores pessoas que eu conheci na minha vida, ele me ajudava sempre que podia, com materiais pra eu treinar.
Comecei a fazer testes em alguns times, mas acho que naquela época eu ainda não estava preparando. Eu acho que fui um jogador que evoluiu tarde; estava pronto mesmo com 19 anos, que é uma idade que muitos jogadores já estão no profissional. 
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Mas ainda aos 15 pra 16 anos, tive a oportunidade de jogar meu primeiro Campeonato Mineiro Juvenil, pela cidade de Coqueiral. Lá conheci pessoas maravilhosas, o treinador Porvinha, o Nicinho e Marcinho, que foram pessoas especiais no meu crescimento tanto atleta como pessoa. São pessoas que tenho um respeito e carinho até hoje. Fizemos um bom campeonato, chegando quase ao hexagonal final do Mineiro daquele ano.
Aí depois o Marcão me levou para Pouso Alegre, onde disputei o meu segundo Campeonato Mineiro, já com juniores, e depois fui pra cidade de Contagem jogar a Taca BH, que foi um experiência única jogar contra grandes equipes do futebol brasileiro, conhecer jogadores que hoje estão em alguns times profissionais.
Depois fui pra Ouro Fino ADMG jogar a Copa Ouro, quem também foi uma experiência maravilhosa jogar contra grandes equipes de São Paulo.

Tristeza
- E logo depois veio um dos maiores baques da minha vida, que foi a morte do professor Marcão. Uma pessoa que sempre me ajudou, faleceu em um acidente de moto, aí eu desisti um pouco do futebol profissional que era também um sonho dele.

Retorno ao amador
- Nisso iniciei minha carreira no futebol amador e estou aí até hoje. Graças a Deus sou reconhecido em boa parte da região sul e centro-oeste de Minas.
Ao todo são 21 campeonatos municipais em 12 cidades diferentes, 13 troféus de melhor goleiro em 9 cidades diferentes e uma Copa Alterosa de Futebol pelo NEC, que eu guardo com carinho esse título pra minha cidade de Nepomuceno.

Perspectivas:
- Minha perspectiva é ganhar outros títulos, conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Acho que o mais bacana disso tudo é conhecer pessoas que se não fosse pelo futebol nunca teria conhecido. E ser recebido bem em todos lugares onde jogo, esse é o legado que eu quero deixar!

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