Nome: Allifer dos Santos Carvalho
Apelido: Deon, por meu pai se chamar João Deon e sempre foi um orgulho ser
chamado assim
Início:
- Comecei no futsal, na quadra na Vila
Esmerira, um bairro na minha cidade de Nepomuceno, que sempre respirou o
futebol pelas duas equipes que são tradicionais do bairro e na cidade.
Na época tinha ainda o Nova
Geração e o grande Atlético da Vila do Mozar, infelizmente os dois estão
inativos no momento, e isso é uma tristeza pra mim porque quando eu era criança
ia sempre no estádio do América assistir grandes jogos dessas equipes e outras
grandes do município. Ficava ali embaixo das arquibancadas catando e chutando
latinhas e vendo grandes jogadores da cidade e região dando um verdadeiro show
em campo. Naquela época nem imagina que um dia ia conquistar o mesmo campeonato,
no mesmo campo, até hoje já por seis vezes consecutivas e hoje posso ver os
meus filhos no campo me assistindo. Isso é uma grande felicidade pra mim.
O mestre:
- Como disse, comecei na quadra com o
professor Itamar que também foi um grande treinador de basquete. Ele sempre viu
que eu tinha potencial no gol e sempre dizia: “olha, no gol e só um e na linha
são vários”.
Da quadra para o gramado:
- Logo também iniciava minha vida no
futebol, no campo da Vila Esmerira, mas completamente diferente. No campo onde
queria jogar no gol, meus primeiros treinadores Zinho carioca e Firmino insistiam
pra eu jogar na linha, na zaga, porque meu pai João Deon foi um grande zagueiro,
então eu tinha que ser zagueiro também.
Agora vejo que isso tudo
foi bom pra minha formação no gol, porque também tenho uma das minhas
qualidades em jogar com os pés.
Nesse mesmo tempo, com 10
pra 11 anos, comecei na escolinha do América com o treinador Zé Carlos, depois
o Tilim e o professor Juliano e novamente o professor Zinho carioca.
Novos horizontes:
- Aos 15 anos, apareceu a oportunidade
de ir jogar no Fabril de Lavras, time de grande prestígio na região, mas que na
época passava uma situação financeira não muito boa. Aí meus pais tinham que
ajudar e na época, meus pais não tinham nem perto a condição financeira que têm
hoje. Meu pai cortava cana da índia, um serviço duro e eu treinando (!), eu não
achava justo meu pai e minha mãe se sacrificando pra eu estar ali.
Apoios:
- Foi nessa época que eu conheci uma
pessoa maravilhosa, que foi o Marcão de Lavras. Um treinador que tinha uma
escolinha no campo da ferroviária de Lavras, com o nome de Cruzeirinho. Certamente
foi uma das melhores pessoas que eu conheci na minha vida, ele me ajudava
sempre que podia, com materiais pra eu treinar.
Comecei a fazer testes em
alguns times, mas acho que naquela época eu ainda não estava preparando. Eu
acho que fui um jogador que evoluiu tarde; estava pronto mesmo com 19 anos, que
é uma idade que muitos jogadores já estão no profissional.
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Mas ainda aos 15 pra 16
anos, tive a oportunidade de jogar meu primeiro Campeonato Mineiro Juvenil, pela
cidade de Coqueiral. Lá conheci pessoas maravilhosas, o treinador Porvinha, o Nicinho
e Marcinho, que foram pessoas especiais no meu crescimento tanto atleta como
pessoa. São pessoas que tenho um respeito e carinho até hoje. Fizemos um bom
campeonato, chegando quase ao hexagonal final do Mineiro daquele ano.
Aí depois o Marcão me
levou para Pouso Alegre, onde disputei o meu segundo Campeonato Mineiro, já com
juniores, e depois fui pra cidade de Contagem jogar a Taca BH, que foi um
experiência única jogar contra grandes equipes do futebol brasileiro, conhecer
jogadores que hoje estão em alguns times profissionais.
Depois fui pra Ouro Fino
ADMG jogar a Copa Ouro, quem também foi uma experiência maravilhosa jogar
contra grandes equipes de São Paulo.
Tristeza
- E logo depois veio um dos maiores
baques da minha vida, que foi a morte do professor Marcão. Uma pessoa que sempre
me ajudou, faleceu em um acidente de moto, aí eu desisti um pouco do futebol
profissional que era também um sonho dele.
Retorno ao amador
- Nisso iniciei minha carreira no
futebol amador e estou aí até hoje. Graças a Deus sou reconhecido em boa parte
da região sul e centro-oeste de Minas.
Ao todo são 21 campeonatos
municipais em 12 cidades diferentes, 13 troféus de melhor goleiro em 9 cidades
diferentes e uma Copa Alterosa de Futebol pelo NEC, que eu guardo com carinho
esse título pra minha cidade de Nepomuceno.
Perspectivas:
- Minha perspectiva é ganhar outros
títulos, conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Acho que o mais bacana
disso tudo é conhecer pessoas que se não fosse pelo futebol nunca teria
conhecido. E ser recebido bem em todos lugares onde jogo, esse é o legado que
eu quero deixar!
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