Fonte: G1 Sul de Minas
Por Franco Junior, GloboEsporte.com —
Varginha, MG
Lutadora
de Varginha (MG) vivia expectativa por estreia no Brasil pela competição e
revela que “era ou sem torcida ou sem UFC”
Após meses de preparação e
vivendo a expectativa de estrear no Brasil pelo UFC, Amanda Ribas soube dois
dias antes da luta contra a iraquiana Randa Markos que o evento seria sem
torcida. A brasileira, natural de Varginha (MG), conseguiu a terceira vitória
no terceiro combate na competição. Mesmo com a ausência do calor do torcedor
brasileiro na arena, a atleta peso-palha manteve a invencibilidade na
categoria.
Em
entrevista ao GloboEsporte.com, Amanda Ribas revela os bastidores do UFC sem
torcida por conta do cornavírus. De acordo com ela, quando saiu dos Estados
Unidos e veio ao Brasil estava uma situação controlada, ainda não era feito
exame algum em aeroportos para verificar a presença do vírus e a recomendação
era para que fosse consumida muita água. Pelo desenrolar dos fatos antes do
evento, a sul-mineira destaca que “era ou sem torcida ou sem UFC”.
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Quando cheguei a Brasília, voltei a treinar, estava focada nos treinos e, na
quinta-feira [dois dias antes da luta], começou os murmúrios de que o UFC ia
ser cancelado por conta do coronavírus, porque é uma aglomeração de gente. Aí
já bateu o desespero, pois já estava no final do camp [série de treinos], todo
mundo com o peso quase batido praticamente. A gente ficou muito ansioso para
saber se ia ter a luta ou não. Eles então fizeram o evento fechado – detalhou.
Bastidores: idas e vindas do hotel e só
100 pessoas na arena
Para que o UFC não fosse
cancelada, a organização limitou o acesso à arena de Brasília para no máximo
100 pessoas no local. Por conta disso, os lutadores só iam para o recinto
momentos antes da luta, ao contrário do que normalmente ocorre, em que eles
fazem procedimentos como bandagem, exames e aquecimento, por exemplo, já no
ginásio.
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Foi uma experiência única, porque geralmente a gente chega na arena umas três
quatro horas antes da luta. Como só podiam 100 pessoas dentro da arena foi
muito doido, porque a gente fazia tudo no hotel enquanto estava acontecendo uma
luta. Quando acabava uma luta quem estava no hotel já ia correndo para a arena
e quem acabou o combate já voltava para o hotel, para não tem mais de 100
pessoas dentro da arena – relembrou a brasileira.
Amanda
Ribas vivia antes da luta a expectativa de estrear na categoria em solo
brasileiro. Entretanto, ela destaca a decisão como importante pela situação que
vinha se agravando e a preocupação da organização com todos os atletas.
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Em relação ao público, não tinha ninguém e quem assiste UFC está acostumado com
o barulho, ainda mais no Brasil, que ficam os gritos de guerra. Na entrada eu
estava tão concentrada que não senti, só quando acabou a luta que senti falta
de gritar com a galera. Acabou a luta e fomos direto para o hotel, pois os
exames e as entrevistas foram lá. O UFC sempre falando que qualquer sintoma e
qualquer sinal era para procurá-los, porque são muitas pessoas, de muitos
países. Tinha iraquiana, russo, americano. Graças a Deus ninguém tinha nada.
Todos juntos no combate contra o
coronavírus
Acostumada com os
treinamentos longos para os combates como o do UFC, Amanda Ribas pede união
neste momento em que a luta é contra o inimigo invisível. Ela destaca que se
cada um fizer sua parte, a vitória vai vir.
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Agora está grave no Brasil [o coronavírus], mas, se a gente se cuidar, ficar em
casa, se hidratar e combater juntos, vamos vencer [o vírus]. Sozinhos não somos
nada, mas se cada um fizer sua parte, a gente consegue detonar esse vírus -
afirmou.
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