Ronald Mateus da Silva, ou apenas Roninho,
com certeza o morador de Varginha e região já ouviu ou já viu algo sobre esse
nome. Roninho é jogador de futsal profissional e hoje atua pelo Kherson F.C da
Ucrânia, time bicampeão nacional e que disputa a Champions League da
modalidade.
O
Jornal PODIUM em conversa descontraída com Roninho, teve a possibilidade de
descobrir um pouco mais sobre a carreira e a vida do jogador não apenas nas
quadras. Na entrevista, Roninho contou como foi o início da carreira, as
principais dificuldades, o sucesso, Varginha e os dias atuais, confira:
• Como foi o início da sua trajetória no
futsal? Qual a principal dificuldade você enfrentou até atingir o sucesso que
tem hoje?
R: Comecei minha carreira na escolinha
do professor Evadson Rosa no VTC, a minha base inteira foi bem-sucedida graças
ao professor que é um dos melhores treinadores de futsal de Varginha e região.
Minha primeira oportunidade para jogar profissionalmente foi graças a ele e ao
Atílio Dias, de Campanha, que também tem um grande nome no futsal. Os dois
conseguiram que eu fosse até o Rio de Janeiro fazer um teste no Vasco da Gama
que é meu time de coração, fiquei super feliz com a notícia e me dediquei ao
máximo para não deixar essa chance escapar, sempre achei que seria uma coisa
bem simples; coloquei em mente que a única coisa que eu deveria fazer é mostrar
o meu futebol e não deixar ser intimidado.
LINK |
O
começo foi muito difícil porque eu era jovem, primeira vez que havia saído de
casa para tentar a carreira, ainda mais jogar em um clube tão grande como o
Vasco. Morávamos todos os jogadores juntos em um alojamento, o salário não era
dos melhores, a saudade de casa era grande, no entanto isso não foi o pior.
Depois
do Vasco, tive uma oportunidade de jogar na Europa, o país da minha esposa
Georgia, sou também agradecido ao meu amigo Claudio Ribeiro, mais conhecido
como Claudinho, que também é natural de Varginha e hoje mora em São Paulo e já
foi jogador de futsal em grandes clubes, como o Barcelona.
Lembro
muito bem do primeiro dia que cheguei. Eu
olhei tudo em volta; a comida, a cultura diferente, o idioma (brincou, Roninho),
eu não entendia nada, logo pensei em voltar pra casa e desistir de tudo, mas o
meu sonho falou mais alto e continuei a luta. Tive um pouco de sorte também porque
no clube tinha brasileiros que me ajudaram, mas minha salvação foi Deus por me
apresentar minha esposa Keti logo no primeiro mês e graças a Deus hoje estamos há
12 anos juntos e na minha história de sucesso, ela tem a maior parte.
• Você atualmente joga na Ucrânia e é atleta
da seleção da Geórgia, você se sente acolhido pelos dois povos?
R: Minha ida para Ucrânia foi por ter
jogado muitos torneios internacionais no país quando eu ainda era jogador do
Iberia Star (time georgiano), por sempre jogar esse campeonato e nosso time ter
feito jogos bons, eu fui visto por um treinador Ucraniano e ele me fez uma
proposta para jogar no seu clube, o Uragan FC (time ucraniano), onde tive uma
passagem muito boa e feliz.
Sim,
eu me sinto muito acolhido pelos dois países, com alguma diferença eu sou mais
acolhido na Geórgia por jogar na seleção nacional e por ter jogado lá durante quatro
anos, além ter chegado junto com meu ex-clube (Iberia Star) entre os 4 melhores
da Europa.
Hoje
estou jogando na Ucrânia novamente, em um clube diferente onde estamos tendo
bastante sucesso, já estou no terceira temporada nesse clube sou Bicampeão Nacional
e estamos agora jogando a Champions League pelo terceiro ano consecutivo.
• Porque não quis tentar uma vaga na
Seleção Brasileira?
R: Não é que eu não quis tentar uma
vaga, eu não tive uma oportunidade para jogar, assim como muitos amigos meus
que também são excelentes jogadores e não tiveram essa chance e decidiram
defender outras nacionalidades, justamente pelo fato de que a Seleção
Brasileira está bem representada pelos jogadores que têm.
• Qual sua visão sobre ser um ícone em
Varginha e região, onde todos te respeitam e te admiram, principalmente nos
bairros em que foi criado. Qual sua relação com tudo isso?
R: Primeiramente eu sou um abençoado
por Deus, me sinto muito feliz por ter saído de uma cidade pequena do interior
e ter chegado onde cheguei. É um sentimento muito prazeroso ser reconhecido por
todos meus amigos que sempre estão torcendo pelo meu sucesso. Eu sou agradecido
por ter amigos como eles, sempre quando chego de férias fazemos um jogo
beneficente com um grande parceiro meu, o Thiaguinho outro grande jogador e que
também teve muito sucesso na sua carreira e hoje juntos, fazemos esse jogo com
nossos amigos com o intuito de ajudar famílias carentes da comunidade e também
poder reunir todos para jogar um bom futebol e depois bater aquela resenha.
Roninho
coleciona carisma e amigos por onde passa, com seu jeito humilde e talento nos
pés, hoje é considerado um dos grandes nomes da história do esporte varginhense.
O
Jornal Podium agradece a disponibilidade para a entrevista e deseja todo
sucesso do mundo ao atleta, que continue sempre brilhando e levando o nome da
cidade para o mundo!
* Alisson Marques, estudante de jornalismo no UNIS.
Estagiário no Jornal PODIUM
Cara joga muitooooooo
ResponderExcluirtivesse esperado um pouco mais teria vaga na seleça, mas ta bom, importante é que está feliz onde está, sucesso sempre, joga muito!
ResponderExcluir