Quanto vale um sonho? Principalmente
quando se trata daquele sonho de garoto em ser jogador e jogar nos maiores
clubes do país, quanto vale? Caíque soube bem o preço de tudo isso. O jovem
garoto de Varginha que começou a dar os primeiros chutes, passes e dribles na
Semel e no antigo VEC com o professor Wendel, iria ganhando não apenas partidas,
mas os olhos de quem via tanto talento. Foi quando Caíque embarcou para
Londrina. Segundo o próprio atleta, o começo não foi fácil; saudade da família
e falta de salário eram os principais adversários do atacante, mas apesar de
tudo Caique seguiu lutando e se fortalecendo cada vez mais.
Após
passagem por Londrina, Caíque foi para o Juventus da Moca, depois rodou em
times de menor expressão no interior de São Paulo e Rio de Janeiro como:
Friburguense, Macaé, Penapolense, Taubaté até chegar ao Guarani de Campinas,
sem dúvidas uma das principais fases do atleta. Caíque se destacava na Série B
juntamente com a equipe do “Bugre” (como é conhecido o Guarani) e após tanto
sucesso, uma bomba: o Fluminense estava interessado no jogador.
A
notícia se espalhou rapidamente, toda a cidade de Varginha ficou alvoroçada com
o que vinha acontecendo, no entanto o sonho foi interrompido sem sequer ter
começado. Caíque evita falar sobre o assunto, mas disse que ocorreu muita coisa
dentro desse fato, desde empresários, a treinador e diretores da equipe na
época. E após tanto imbróglio, a negociação foi desfeita e novamente a vida
virou um grande adversário para Caíque, que como todo brasileiro não desiste
nunca e acredita que sempre uma nova oportunidade irá surgir.
E
isso aconteceu, o Deportivos das Aves, de Portugal, procurou o jogador e o
contrato foi fechado. Contudo, Caíque teve poucas chances na equipe portuguesa
e após passagem breve mudou-se para o outro lado do mundo. Na temporada 2018-19,
Caíque fechou com o Chiangrai United da Tailândia, e após rápida aparição na
equipe, foi emprestado ao Chiangmai onde fez bons jogos e teve boas atuações,
em 11 partidas o jogador fez 4 gols.
Caíque
nos contou com foi adaptação na Europa e na Ásia: “Em Portugal passei por
momentos difíceis de adaptação de clima e isso me prejudicou muito, mesmo assim
considero uma experiência muito boa. Já na Ásia fui super bem recebido, cheguei
com status diferente também e isso me ajudou muito a exercer um bom papel”, completou.
Sobre
o futebol, Caíque disse que pensa em ficar na Ásia por mais um bom tempo, mesmo
sabendo que na carreira de jogador as coisas acontecem muito rápido, e as vezes
o que é planejado não é realizado.
Outro
fator abordado foi a questão da aposentadoria, o atleta disse que ainda não
pensa em parar, mas que já elabora alguns planos para a vida pós-jogador.
Hoje
Caíque está com 26 anos, e não esquece suas raízes sempre humilde e feliz, ele
foi enfático em dizer que sempre quando pode está em Varginha para rever a
família e os velhos amigos.
* Alisson Marques, estudante de jornalismo no UNIS.
Estagiário no Jornal PODIUM
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