sábado, 23 de novembro de 2019

Caíque Lemes: da frustração com o Fluminense à ídolo na Ásia

            Quanto vale um sonho? Principalmente quando se trata daquele sonho de garoto em ser jogador e jogar nos maiores clubes do país, quanto vale? Caíque soube bem o preço de tudo isso. O jovem garoto de Varginha que começou a dar os primeiros chutes, passes e dribles na Semel e no antigo VEC com o professor Wendel, iria ganhando não apenas partidas, mas os olhos de quem via tanto talento. Foi quando Caíque embarcou para Londrina. Segundo o próprio atleta, o começo não foi fácil; saudade da família e falta de salário eram os principais adversários do atacante, mas apesar de tudo Caique seguiu lutando e se fortalecendo cada vez mais.
            Após passagem por Londrina, Caíque foi para o Juventus da Moca, depois rodou em times de menor expressão no interior de São Paulo e Rio de Janeiro como: Friburguense, Macaé, Penapolense, Taubaté até chegar ao Guarani de Campinas, sem dúvidas uma das principais fases do atleta. Caíque se destacava na Série B juntamente com a equipe do “Bugre” (como é conhecido o Guarani) e após tanto sucesso, uma bomba: o Fluminense estava interessado no jogador.
            A notícia se espalhou rapidamente, toda a cidade de Varginha ficou alvoroçada com o que vinha acontecendo, no entanto o sonho foi interrompido sem sequer ter começado. Caíque evita falar sobre o assunto, mas disse que ocorreu muita coisa dentro desse fato, desde empresários, a treinador e diretores da equipe na época. E após tanto imbróglio, a negociação foi desfeita e novamente a vida virou um grande adversário para Caíque, que como todo brasileiro não desiste nunca e acredita que sempre uma nova oportunidade irá surgir. 
            E isso aconteceu, o Deportivos das Aves, de Portugal, procurou o jogador e o contrato foi fechado. Contudo, Caíque teve poucas chances na equipe portuguesa e após passagem breve mudou-se para o outro lado do mundo. Na temporada 2018-19, Caíque fechou com o Chiangrai United da Tailândia, e após rápida aparição na equipe, foi emprestado ao Chiangmai onde fez bons jogos e teve boas atuações, em 11 partidas o jogador fez 4 gols.
            Caíque nos contou com foi adaptação na Europa e na Ásia: “Em Portugal passei por momentos difíceis de adaptação de clima e isso me prejudicou muito, mesmo assim considero uma experiência muito boa. Já na Ásia fui super bem recebido, cheguei com status diferente também e isso me ajudou muito a exercer um bom papel”, completou.
            Sobre o futebol, Caíque disse que pensa em ficar na Ásia por mais um bom tempo, mesmo sabendo que na carreira de jogador as coisas acontecem muito rápido, e as vezes o que é planejado não é realizado.
            Outro fator abordado foi a questão da aposentadoria, o atleta disse que ainda não pensa em parar, mas que já elabora alguns planos para a vida pós-jogador.
            Hoje Caíque está com 26 anos, e não esquece suas raízes sempre humilde e feliz, ele foi enfático em dizer que sempre quando pode está em Varginha para rever a família e os velhos amigos.

Alisson Marques, estudante de jornalismo no UNIS.
Estagiário no Jornal PODIUM

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