quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Leonardo Branquinho fala de sua paixão pelo basquete

O ala Leonardo de Souza Branquinho, de 20 anos, fechou contrato com a equipe de basquete de São José dos Campos/SP para a temporada 2017. A equipe joseense vai disputar o Campeonato Paulista Sub-22 e Adulto, Jogos Regionais, Jogos Abertos e LDB. Os trabalhos do time valeparaibano terão início no final de janeiro.
       Branquinho estava na Liga Sorocabana, onde participou desta temporada do NBB, mas a empresa que o agencia preferiu a transferência para uma equipe com formação de atletas mais jovens. “Por ser muito novo, eu ficava pouco tempo em quadra nas partidas do campeonato”, disse.
            O atleta, detentor de vários títulos em competições de base, está passando o mês em Varginha e concedeu entrevista exclusiva ao Jornal PODIUM.
Biografia
Filho de Eleia e José Marcílio, nasceu em Três Corações, e veio morar em Varginha aos três anos de idade. Ninguém da família conhecia basquete, mas ele, desde muito pequeno, assistia filmes do Michael Jordan e brincava na garagem. O pai gostava muito de futebol, jogava com amigos e incentivava o filho. Chegaram inclusive a coloca-lo em uma escolinha de futebol, mas depois foi para a escolinha de basquete no VTC.

Trajetória
            Após os primeiros passos com as professoras Silvia e Patrícia, o menino “gordinho e baixinho” foi para a equipe de competição da “tia” Ângela Venâncio. Sua persistência, foco e dedicação total ao basquete fundamentaram sua trajetória de sucesso.
Pela equipe varginhense conquistou muitos títulos: tricampeão do Jojuninho, bicampeão Joju, 3º lugar Estadual e muitos prêmios de melhor jogador e cestinha.
            Aos 15 anos já se destacava nas competições, inclusive fisicamente, e começou a ser convidado por técnicos de equipes maiores; mas a mãe não deixou, sabia que ele ainda era muito novo.
            Com 16 anos fez teste no Tijuca, Franca e Palmeiras, passou em todos e optou pelo Rio de Janeiro, onde permaneceu apenas três meses. “Era muito novo, não conseguiu lidar com problemas financeiros do clube e a distância da família”, contou.
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Ficou triste, teve um princípio de depressão, pois o basquete era sua vida, mas cerca de um mês depois, foi procurado pelo técnico do Praia Clube de Uberlândia, onde ficou dois anos. Conquistou os títulos de Campeão Mineiro e Metropolitano. Pela Seleção Mineira foi vice-campeão Brasileiro.

Maturidade
            Do Triângulo Mineiro, Leonardo foi para a equipe Country Clube de Taubaté onde sagrou-se Campeão Paulista Sub 19, o melhor campeonato do país para essa idade.
            Em 2016, foi para o Curitiba Basquete participar da melhor Liga do Brasil na categoria Sub 22, e também foi campeão. Destacou-se na competição e surgiu a proposta para o time profissional de Sorocaba.
            Leonardo está cursando o 3º período de fisioterapia. Questionado pela opção em detrimento à educação física, justificou que gosta de jogar, mas não tem facilidade para ensinar e admira o trabalho de recuperação de atletas.

Sonho
Primeiro Seleção Brasileira, depois uma carreira internacional! Leo já teve convites para integrar equipes norte-americanas, mas de colégios e universidades de pequeno porte. Soube reconhecer que não seria bom como carreira de atleta profissional e optou por se firmar no Brasil e quando sair, quer que seja como atleta de destaque. Mas confessou que prefere o estilo de jogo europeu.
            Leonardo pratica o basquete dentro e fora das quadras. Estuda a modalidade, esforça-se para entender o jogo e as jogadas, assiste jogos antigos e atuais.

Ídolos
LeBron James e Marquinhos, do Flamengo.
Leo contou que Marquinhos foi assistir um jogo da LDB em Curitiba no início de 2016. Depois da partida, conseguiu tirar uma foto com o ídolo. Alguns meses depois, já pela Sorocabana no NBB, foi jogar no Rio contra o Flamengo. “Fui seu marcador durante uns 8 minutos de jogo e ele lembrou da foto; foi muito legal!”, disse com o olhar brilhando.
            Para ele, ser atleta profissional vai além de uma garantia financeira, é servir de exemplo para outras crianças, mostrar que tem um caminho melhor que as drogas.
Em Sorocaba, lembra a alegria dos alunos das escolinhas ao conviver com os profissionais: “O time adulto é incentivo para a garotada permanecer no esporte. Esta interação foi muito gratificante pra mim”.

Amor pelo basquete
            Acredita que agora que o basquete terá espaço na tv aberta, vá atrair mais adeptos. “O basquete ensina valores e forma cidadãos”, enfatiza lembrando-se dos conselhos da tia Ângela. “Uma técnica mãezona, dentro e fora da quadra, que dizia que queria que seus atletas se tornassem pessoas boas”.
“Vida de jogador de basquete é instável no Brasil, mas não jogo por pressão, sou feliz jogando basquete, por isso dou meu máximo. Eu amo basquete, vivo o basquete, jogar basquete me faz feliz; se um dia não sentir me feliz jogando, será a hora de parar, sem pressão pessoal ou profissional”, finalizou.

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