O
ala Leonardo de Souza Branquinho, de 20 anos, fechou contrato com a equipe de
basquete de São José dos Campos/SP para a temporada 2017. A equipe joseense vai
disputar o Campeonato Paulista Sub-22 e Adulto, Jogos Regionais, Jogos Abertos
e LDB. Os trabalhos do time valeparaibano terão início no final de janeiro.
Branquinho estava na Liga
Sorocabana, onde participou desta temporada do NBB, mas a empresa que o agencia
preferiu a transferência para uma equipe com formação de atletas mais jovens. “Por
ser muito novo, eu ficava pouco tempo em quadra nas partidas do campeonato”,
disse.
O atleta, detentor de vários títulos
em competições de base, está passando o mês em Varginha e concedeu entrevista exclusiva
ao Jornal PODIUM.
Biografia
Filho de Eleia e José Marcílio,
nasceu em Três Corações, e veio morar em Varginha aos três anos de idade. Ninguém
da família conhecia basquete, mas ele, desde muito pequeno, assistia filmes do Michael
Jordan e brincava na garagem. O pai gostava muito de futebol, jogava com amigos
e incentivava o filho. Chegaram inclusive a coloca-lo em uma escolinha de
futebol, mas depois foi para a escolinha de basquete no VTC.
Trajetória
Após os primeiros passos com as
professoras Silvia e Patrícia, o menino “gordinho e baixinho” foi para a equipe
de competição da “tia” Ângela Venâncio. Sua persistência, foco e dedicação
total ao basquete fundamentaram sua trajetória de sucesso.
Pela equipe varginhense conquistou
muitos títulos: tricampeão do Jojuninho, bicampeão Joju, 3º lugar Estadual e
muitos prêmios de melhor jogador e cestinha.
Aos 15 anos já se destacava nas
competições, inclusive fisicamente, e começou a ser convidado por técnicos de
equipes maiores; mas a mãe não deixou, sabia que ele ainda era muito novo.
Com 16 anos fez teste no Tijuca,
Franca e Palmeiras, passou em todos e optou pelo Rio de Janeiro, onde
permaneceu apenas três meses. “Era muito novo, não conseguiu lidar com
problemas financeiros do clube e a distância da família”, contou.
Publicidade |
Ficou triste, teve um princípio de
depressão, pois o basquete era sua vida, mas cerca de um mês depois, foi
procurado pelo técnico do Praia Clube de Uberlândia, onde ficou dois anos. Conquistou
os títulos de Campeão Mineiro e Metropolitano. Pela Seleção Mineira foi
vice-campeão Brasileiro.
Maturidade
Do Triângulo Mineiro, Leonardo foi
para a equipe Country Clube de Taubaté onde sagrou-se Campeão Paulista Sub 19,
o melhor campeonato do país para essa idade.
Em 2016, foi para o Curitiba Basquete
participar da melhor Liga do Brasil na categoria Sub 22, e também foi campeão.
Destacou-se na competição e surgiu a proposta para o time profissional de
Sorocaba.
Leonardo está cursando o 3º período
de fisioterapia. Questionado pela opção em detrimento à educação física,
justificou que gosta de jogar, mas não tem facilidade para ensinar e admira o
trabalho de recuperação de atletas.
Sonho
Primeiro Seleção Brasileira, depois
uma carreira internacional! Leo já teve convites para integrar equipes norte-americanas,
mas de colégios e universidades de pequeno porte. Soube reconhecer que não
seria bom como carreira de atleta profissional e optou por se firmar no Brasil
e quando sair, quer que seja como atleta de destaque. Mas confessou que prefere
o estilo de jogo europeu.
Leonardo pratica o basquete dentro e
fora das quadras. Estuda a modalidade, esforça-se para entender o jogo e as
jogadas, assiste jogos antigos e atuais.
Ídolos
LeBron James e Marquinhos, do Flamengo.
Leo contou que Marquinhos foi assistir
um jogo da LDB em Curitiba no início de 2016. Depois da partida, conseguiu
tirar uma foto com o ídolo. Alguns meses depois, já pela Sorocabana no NBB, foi
jogar no Rio contra o Flamengo. “Fui seu marcador durante uns 8 minutos de jogo
e ele lembrou da foto; foi muito legal!”, disse com o olhar brilhando.
Para ele, ser atleta profissional
vai além de uma garantia financeira, é servir de exemplo para outras crianças,
mostrar que tem um caminho melhor que as drogas.
Em Sorocaba, lembra a alegria dos alunos
das escolinhas ao conviver com os profissionais: “O time adulto é incentivo
para a garotada permanecer no esporte. Esta interação foi muito gratificante
pra mim”.
Amor
pelo basquete
Acredita que agora que o basquete
terá espaço na tv aberta, vá atrair mais adeptos. “O basquete ensina valores e
forma cidadãos”, enfatiza lembrando-se dos conselhos da tia Ângela. “Uma
técnica mãezona, dentro e fora da quadra, que dizia que queria que seus atletas
se tornassem pessoas boas”.
“Vida de jogador de basquete é instável
no Brasil, mas não jogo por pressão, sou feliz jogando basquete, por isso dou
meu máximo. Eu amo basquete, vivo o basquete, jogar basquete me faz feliz; se
um dia não sentir me feliz jogando, será a hora de parar, sem pressão pessoal
ou profissional”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário