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Por Alberto Murray Neto
Escreveu o amigo e jornalista Afonso
Augusto, de Brasília, que pensou que o “Negado” Olímpico apareceria somente por
volta de um ano após os Jogos Rio 2016. Ele nota, entretanto, que menos de seis
meses após o encerramento da Aventura Olímpica Brasileira, a conta está
chegando. E ela é cara.
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Os Jogos, enquanto competição e nada
mais, durante duas semanas, foram bons. É certo que o COI, quando viu que o
risco de o evento fazer água era grande, interveio e botou um cabresto no
Comitê Organizador e nos políticos cariocas. E, no tapa, a coisa saiu bem
melhor do que se esperava. Mas vale a pena a animada festa de abertura? Eu acho que não. Não houve absolutamente nada
de bom que tenha ficado para o esporte do Brasil, nem para o alto rendimento,
nem para a constituição de uma política de Estado para o esporte brasileiro.
Como disse o Secretário de Esporte de Alto Rendimento, Luiz Lima, “é como
aquele pai que gasta os tubos para dar uma festa de quinze anos para a filha e
no dia seguinte não tem dinheiro para comprar o almoço”. A insegurança e
incertezas que enfrentam os atletas Olímpicos é enorme. E isso não é justo com
eles. Para os políticos e organizadores, o que importou foi o evento em si. E
não o que de bom ele poderia ter proporcionado. Como também asseverou Afonso
Augusto, “custou muito caro ver o show do Bolt”.
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Em tempo, reproduzo aqui a sugestão
de mais um amigo do Blog, que diz que com tantos escândalos no esporte
brasileiro, está na hora de os Ministérios Públicos Federal e Estaduais,
criarem um grupo especializado e dedicado somente em investigação de crimes
financeiros nesse segmento.
Alberto Murray Neto é paulistano, advogado militante, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Largo de São
Francisco e Pós Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de Toronto,
Ontario, no Canadá. Sua
vida esportiva, olímpica, começou muito cedo. Influenciado por meu avô materno,
Sylvio de Magalhães Padilha.
Formou-se em Estudos Olímpicos pela Academia
Olímpica Internacional, em Olympia, Grécia, em 1994.
Esteve presente em todas as
edições de Jogos Olímpicos desde 1972.
Árbitro
da Corte Arbitral do Sport, instância máxima da jurisdição desportiva mundial,
localizada em Lausanne, na Suíça, de 2007 a 2011. Membro do Comitê Olímpico
Brasileiro de 1996 até 2008.
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