O
que será do amanhã?
Há uma enorme expectativa do
mercado nacional para a chegada de janeiro, principalmente para se conhecer os
rumos da nossa economia, cujos resultados negativos, até aqui, afligem a todos
nós.
Porém, um segmento terá atenção
especial sobre este tema: os atletas. Afinal, o que acontecerá com o esporte
brasileiro depois da fartura de verbas disponíveis no último quadriênio e,
agora, diante da fragilidade das contas públicas e consequentes restrições e
cortes orçamentários?
O Ministério do Esporte manterá os
cofres abertos, como no último quadriênio, sustentando o alto rendimento?
As empresas estatais – Banco do
Brasil, Caixa, Correios, Petrobras, Infraero, Elotrobras... – , mergulhadas em
corrupção histórica, manterão suas verbas de patrocínio ao esporte?
As Forças Armadas manterão em suas
fileiras os 600 atletas-militares, mesmo diante dos rígidos e limitados
orçamentos impostos pelo Governo Federal?
A Bolsa-Atleta continuará a ser paga,
sem atrasos, para os 6.600 contemplados?
Ao final do ciclo de megaeventos
esportivos, o que estamos vendo é um abandono total do bem físico construído
para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Está provada, como se denunciou, a
falta de planejamento confiável, apesar da superestrutura da Autoridade Pública
Olímpica...
Portanto, não será surpresa se o
governo ignorar que a formação de um atleta de alto rendimento ou a evolução
dos que já atingiram o nível profissional não pode ficar na dependência de
cortes orçamentários que poderão significar, inclusive, o fim de carreira de
muitos competidores de expressão.
Mas o que isso significará no contexto
da crise brasileira, diante da realidade de um
Estado que se revela assassino, ao contemplar mortes e mais mortes em
hospitais, por negligência governamental?
O que significará a frustração dos
atletas prejudicados diante da realidade de uma escola falida, de professores
desmotivados e de uma estrutura curricular em que se discute, em pleno Século
XXI, se educação física deve ou não fazer parte das rotinas dos estudantes?
Fico só nestes dois exemplos, para que se possa
avaliar o que será prioridade em 2017, enquanto se observa que os governos dos
últimos anos foram negligentes e imediatistas para os eventos que decidiu
sediar, sem estruturar um sistema esportivo confiável e independente dos cofres
públicos, exclusivamente.
Por
José Cruz, Repórter Esportivo – Jornalista Investigativo.
Colaborador do Jornal
PODIUM desde 2011 e permanecerá conosco no Blog.
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