quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Coluna do José Cruz

O que será do amanhã?

                Há uma enorme expectativa do mercado nacional para a chegada de janeiro, principalmente para se conhecer os rumos da nossa economia, cujos resultados negativos, até aqui, afligem a todos nós.
                Porém, um segmento terá atenção especial sobre este tema: os atletas. Afinal, o que acontecerá com o esporte brasileiro depois da fartura de verbas disponíveis no último quadriênio e, agora, diante da fragilidade das contas públicas e consequentes restrições e cortes orçamentários?
            O Ministério do Esporte manterá os cofres abertos, como no último quadriênio, sustentando o alto rendimento?
            As empresas estatais – Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras, Infraero, Elotrobras... – , mergulhadas em corrupção histórica, manterão suas verbas de patrocínio ao esporte?
As Forças Armadas manterão em suas fileiras os 600 atletas-militares, mesmo diante dos rígidos e limitados orçamentos impostos pelo Governo Federal?
A Bolsa-Atleta continuará a ser paga, sem atrasos, para os 6.600 contemplados?
Ao final do ciclo de megaeventos esportivos, o que estamos vendo é um abandono total do bem físico construído para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Está provada, como se denunciou, a falta de planejamento confiável, apesar da superestrutura da Autoridade Pública Olímpica...
Portanto, não será surpresa se o governo ignorar que a formação de um atleta de alto rendimento ou a evolução dos que já atingiram o nível profissional não pode ficar na dependência de cortes orçamentários que poderão significar, inclusive, o fim de carreira de muitos competidores de expressão.
Mas o que isso significará no contexto da crise brasileira, diante da realidade de um  Estado que se revela assassino, ao contemplar mortes e mais mortes em hospitais, por negligência governamental?
O que significará a frustração dos atletas prejudicados diante da realidade de uma escola falida, de professores desmotivados e de uma estrutura curricular em que se discute, em pleno Século XXI, se educação física deve ou não fazer parte das rotinas dos estudantes?
Fico só nestes dois exemplos, para que se possa avaliar o que será prioridade em 2017, enquanto se observa que os governos dos últimos anos foram negligentes e imediatistas para os eventos que decidiu sediar, sem estruturar um sistema esportivo confiável e independente dos cofres públicos, exclusivamente.
Por José Cruz, Repórter Esportivo – Jornalista Investigativo. 
Colaborador do Jornal PODIUM desde 2011 e permanecerá conosco no Blog.

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