quinta-feira, 30 de julho de 2020

O Esporte e Política


Por Alberto Murray
Esse é um tema controverso. Já me manifestei sobre ele algumas vezes. A Carta Olímpica preconiza que o Movimento Olímpico deve estar livre de qualquer influência política, religiosa, racial, sectarismos e não tolerar qualquer tipo de discriminação. São esses princípios que fazem do Movimento Olímpico uma ação única e global.
Nesse contexto é necessário ter a compreensão exata do que significa política. Formular políticas é organizar propostas de governo, para melhorar a nação, ou uma instituição, sob a ótica da racionalidade econômica e social. No Estado democrático, as políticas de Estado são definidas no Parlamento e executadas pelo Poder Executivo (do verbo executar).
É comum confundirem a palavra política com algo que efetivamente não traduz a palavra em sua essência. Política não é esse emaranhado partidário do chamado “toma lá, dá cá”, que vemos diariamente nos noticiários.
Assim, dessa “política rastaquera”, de troca de favores, as instituições esportivas devem estar definitivamente afastadas. O esporte não pode se prestar a financiar, ou apoiar, ou estar a serviço de um partido, ou de um “político”.
As Instituições Esportivas devem, sim, estar inseridas nas formulações de políticas públicas de Estado para a Educação Física, Saúde e Educação. Ou seja, para estabelecer programas de Estado, de longo prazo, que servirão para construir um país melhor.

Alberto Murray Neto é Advogado militante formado pela USP, com especialização em direito de empresa pela Universidade de Toronto, no Canadá. Na área esportiva, foi campeão paulista de atletismo pelo Esporte Clube Pinheiros. Diretor da ONG Sylvio de Magalhães Padilha, de apoio ao esporte e ao movimento olímpico.



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