Uma
das paratletas de maior destaque do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a varginhense
Janaína Petit Cunha, capitã da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado, está em
Varginha visitando a família e amigos.
Nesta segunda-feira, dia 03, Janaína
visitou o treino de vôlei feminino do Projeto Atletas do Futuro, na quadra do
Colégio Logos.
Janaína levou suas duas medalhas
mais importantes da carreira: Prata no Parapan-Americano 2015, em Toronto
(Canadá), e a de Bronze da Paralímpica na Rio 2016.
Em uma conversa informal, encantou as
jovens atletas do projeto coordenado pelo técnico André Pereira, com seu carisma
e simplicidade. Falou de sua época na equipe varginhense, a carreira promissora
no vôlei convencional, do acidente e desta fase gloriosa no vôlei sentado.
Janaína é atleta do SESI-SP desde 2009,
instituição que realiza um trabalho destacado no esporte olímpico e
paralímpico: “Olha, o único apoio que realmente tenho é do SESI-SP”.
Enalteceu o empenho de Paulo Skaff,
por investir nesse projeto; Alexandre Pflug e Walter Vicione, que também sempre
acreditaram no projeto SESI Pedagogia do Exemplo e falou do técnico Ronaldo Oliveira,
que não deixa o vôlei sentado feminino morrer no Brasil.
Com o clube, Janaína é hexacampeã
Brasileira da modalidade. Com a Seleção Brasileira, foi o 5º lugar nas
Paralimpíadas de Londres, dois vice-campeonatos ParaPan-Americanos, 2011 e 2015.
Certamente, o 3º lugar na Rio 2016, contando com a presença de amigos e
familiares na torcida foi uma conquista única, que coroou a trajetória de
superação dessa “guerreira do esporte”.
ESPORTE NA INFÂNCIA
“Comecei no esporte muito nova, por
influência dos meus pais”, disse. Sua mãe, Cleide Petit Cunha foi jogadora de
vôlei por Varginha e o pai, Antônio Carlos da Cunha (Tonhão), ex-jogador
profissional de basquete. “Sempre foi o que mais quis que eu fosse atleta, se
estivesse vivo teria o maior orgulho.”
“Na escola e no VTC jogava tudo e o
primeiro esporte que fiz mais seriamente foi a natação, mas logo depois fui
para o vôlei e não saí mais,” disse às meninas do projeto varginhense. Janaína
relembrou, com muito carinho, seu tempo sob o comando do técnico André.
PROMESSA OLÍMPICA
Na adolescência, integrou equipes de
base de grandes clubes e seleção brasileira. Conquistou o título Sul-Americano
e quarto lugar no Mundial Juvenil.
A promissora carreira foi interrompida
aos 18 anos, por um acidente que comprometeu os movimentos de sua perna.
Janaína continuou jogando vôlei em
clubes de São Paulo por alguns anos, mas após várias rupturas de ligamentos,
decidiu parar e voltar para Varginha.
VÔLEI SENTADO
“O primeiro convite veio em 2007 para
jogar na seleção paraolímpica, mas não fui. Mas em 2009, o Ronaldo Oliveira - do
Sesi-SP - me chamou para disputar o Campeonato Brasileiro, quando enfim aceitou
o desafio. Destacou-se e foi a segunda maior pontuadora da modalidade nas
Paralimpíadas 2012 e 2016.
Confira fotos do encontro:
Publicidade |
A Janaína não vai lembrar de mim, mas a conheci na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) em Barbacena, quando eu lá estudava, e ela, juntamente com a seleção mineira feminina, passou uma semana na Escola. As meninas da seleção dançaram quadrilha com os alunos (putz, eu fui a noiva!). Conversamos algumas vezes, fiz uma poesia pra ela, chegamos a trocar uma correspondência. Na época eu tinha 20 anos; ela devia ter 15 ou 16, mas já "grandona". É uma pessoa superespecial. Tanto é assim que, apesar do pouco convívio, ainda me lembro muito bem dela. Felicidades, Janaína!
ResponderExcluir