O varginhense Nathanael Henrique
Nascimento Lourenço, hoje com 23 anos de idade, atleta da equipe de basquete de
Londrina, teve seu primeiro contato com a modalidade aos 10 anos.
Naquela
época, assistindo aos treinos da irmã, Nathália, no VTC, foi convidado a
participar da escolinha com o técnico Pirapora, onde ficou por pouco tempo.
Morava longe do centro e optou pelo futsal na quadra do Santa Maria.
Algum
tempo depois, a convite da técnica Ângela Venâncio, retornou. Com menos de dois
anos na equipe da Semel, foi convidado para um teste no Minas Tênis Clube.
“Foi
durante uma etapa do Campeonato Mineiro, em Poços de Caldas. Fui o destaque do
jogo contra o Minas e o treinador Francisco conversou com a Ângela” ,contou ao
Jornal PODIUM.
Em
2009 já estava na categoria de base do MTC, onde disputou muitas competições. Com
18 e 19 anos jogou o Campeonato Mineiro Adulto e a LDB, quando recebeu convite
para ir para os Estados Unidos. Jogou uma temporada de quatro meses na Score Academy,
em Raleigh na Carolina do Norte.
-
Experiência muito boa, conheci a universidade em que o Michael Jordan jogou,
joguei em uma arena da NBA, conheci jogadores NBA, foi fantástico! - lembra
Nathanael.
Ao
retornar para Varginha, em 2014, jogou o até então Jogos de Minas por Varginha.
Foi destaque da competição e no final do ano, reconhecido com o Prêmio Melhores
de Minas. Em
seguida, recebeu proposta para o Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, jogar
o LDB. Desde 2017, integra o Londrina Basketball, uma equipe focada no acesso
ao NBB.
Logo
que chegou, sofreu uma lesão no joelho e ficou dois meses parado, mas recuperou
a tempo de jogar a Taça Paraná, o Campeonato Paranaense e os Jogos Abertos 2017.
Este ano jogaram a Liga Ouro - 2ª Divisão do NBB -, onde chegaram à semifinal,
ficando em 3º lugar. Enfrentaram fortes equipes, como Corinthians, São José,
Macaé, entre outras.
Conversa informal
Em
visita a Varginha para o casamento da irmã, Nathanael relembrou sua trajetória
e afirmou: “Esporte mudou minha vida, abriu muitas portas, não só
profissionalmente, mas pessoalmente”.
Mas
também lamentou: “Na minha época havia muitas equipes de base. Muitas
competições. O basquete do estado de Minas caiu muito”. Segundo
ele, os Jogos Abertos do Paraná são muito valorizados, recebe muito incentivo.
“Nível completamente diferente do JIMI. É um campeonato importantíssimo. Disputado
em duas divisões. A Prefeitura apoia as outras competições, para contar com a
equipe nos Jogos Abertos”, disse.
Motivação
Ao
longo dessa trajetória, muito trabalho, dedicação e determinação. Ao recordar
sua época de atleta da Semel, Nathanael destaca o JOJU, os prêmios de atleta
destaque e de cestinha e duas lembranças distintas.
-
No meu primeiro JOJU, uma partida de semifinal, em Poços, contra a equipe da
casa, era pressão total da torcida, com xingamentos e racismo. Foi horrível,
pensei em parar! -, contou.
Dois
anos depois, conseguiu dar a volta por cima, onde foi aclamado e reconhecido pelos
adversários. “Foi meu reconhecimento no esporte, minha superação, e
principalmente com a presença da mãe”, contou.
Ao
falar de Varginha, Nathanael diz que não vê mais a mesma energia do esporte na
cidade. Pede mais investimento no esporte e mais incentivo às escolinhas:
“Varginha formou muitos atletas na minha geração e o esporte na minha geração,
formou muitos cidadãos de bem”.
Nas
entrevistas com os atletas de Varginha que seguem carreira profissional, fica
sempre evidente o amor à cidade e as boas lembranças do início da carreira. Por
isso, o Jornal PODIUM cria a coluna PRATA DA CASA, um espaço dedicado a
demonstrar o merecido reconhecimento às conquistas dos atletas varginhenses,
afinal, viver de esporte especializado no país do futebol é tarefa árdua.
Atletas
e técnicos, entrem em contato conosco e contem suas histórias.
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