Indignação: Semel corta apoio aos projetos esportivos da comunidade

     Representantes de escolinhas desportivas de projetos sociais e atletas independentes que procuraram apoio da Secretaria de Esportes de Varginha nos últimos dias para participar de competições foram surpreendidos com uma imediata resposta negativa.

            O fato gerou transtornos e revolta e, em alguns casos, impossibilitou as viagens. Os ciclistas Everton Carvalho e Marcelo Gonçalves Leandro desistiram de competir a “Clássica 21 de Abril”, na cidade de Senador Firmino. Marcelinho efetuou a taxa de inscrição; Everton estava isento (brinde da FMC pela vitória na competição de 1º de maio de 2016), mas o custo estimado era superior a R$ 800,00 (combustível, hospedagem, alimentação e filiação FMC), inviabilizando a participação varginhense na competição válida para o ranking nacional.

            Na ocasião, o servidor Jaime Macedo informou que a determinação do corte de auxílios partiu diretamente do Prefeito Antônio Silva, com a determinação de estudos para a formalização de procedimento legal para futuras parcerias.

            Um dos ícones do jiu jitsu e MMA de Varginha, o mestre Marcelo Ribas, foi a público expressar sua revolta. Ele contou que procurou a Semel em busca de apoio para auxiliar nas despesas de hospedagem e alimentação de três atletas que participarão do Jungle Fight em Belo Horizonte, no mês de maio.

            Segundo ele, a negativa de apoio também foi veio através de Jaime Macedo, justificando que uma lei que será editada com tal proibição. Marcelo queixou-se da ausência do Secretário Henrique Lemes e enfatiza a importância do Jungle Fight, evento com transmissão ao vivo pela Band.

            O assunto repercutiu em grupos virtuais e gerou críticas acentuadas em diversas áreas da gestão esportiva varginhense - assuntos muitas vezes debatidos pelo Jornal PODIUM -, como a participação das seleções municipais em competições simplistas, irrelevantes e inexpressivas com finalidade exclusivamente midiática; férias coletivas dos técnicos desportivos no período de férias escolares e ainda, a constante concorrência da Semel com escolinhas de projetos sociais.

            Outro fato relevante salientado por Marcelo Ribas foi a decadência dos Jogos Escolares Municipais: “Lembro da época dos ginásios lotados, torcidas com ‘batuque’, equipes motivadas”.

            Em tempo: a regra não se aplica ao Boa Esporte Clube.